Marido de Gisele deu carro a parceiro de time, mas não foi muito bonzinho
Eleito MVP (jogador mais valioso, na sigla em inglês) do Super Bowl, jogo que decidiu a NFL (liga profissional de futebol americano), o quarterback Tom Brady, 37, ganhou da montadora Chevrolet um automóvel Colorado avaliado em US$ 35 mil (R$ 100,6 mil). No entanto, num gesto altruísta, o maior astro do New England Patriots abriu mão do veículo e entregou de presente ao cornerback Malcolm Butler, 24, responsável pela interceptação que definiu a vitória por 28 a 24 sobre o Seattle Seahawks. Só que alguns aspectos fazem com que a atitude não tenha sido tão boazinha assim.
Para Butler, o principal problema é que o carro ainda será submetido à legislação tributária dos Estados Unidos. De acordo com o código federal de receita, prêmios como esse pagam uma taxa de 39,6%. Em um automóvel de US$ 35 mil, isso é o equivalente a US$ 13,8 mil (R$ 39,7 mil).
Portanto, o cornerback gastará quase R$ 40 mil para “ganhar” o carro – uma economia de US$ 21,2 mil (R$ 61 mil) em relação ao preço original.
Butler esteve em uma concessionária da Chevrolet na última quarta-feira (11) e recebeu as chaves do novo carro. “Estou aproveitando o momento e tem sido ótimo”, disse o jogador em vídeo publicado no site oficial do New England Patriots.
O valor pago pelo cornerback, contudo, não é o único aspecto que diminui o altruísmo do gesto de Brady. O carro que ele deu a Butler também é o mais modesto que a Chevrolet distribuiu nos últimos anos a um MVP de Super Bowl. O próprio Brady havia recebido um Escalade em 2004, quando também ficou com o prêmio.
Há três anos, apenas para efeito de comparação, Eli Manning ganhou um Corvette Grand Sport. Joe Flaco ficou com um Novo Corvette por ter sido MVP do Super Bowl na temporada seguinte. Em 2014, Malcolm Smith recebeu da montadora uma Silverado.
E mesmo se o carro não fosse um modelo mais modesto do que o de anos anteriores ou fosse livre de impostos, Brady teria um enorme motivo para não ficar com o prêmio. O quarterback é patrocinado pela montadora Dodge, que é parte do grupo Chrysler, pertencente à Fiat.
Dono de quatro vitórias no Super Bowl (e dono de três prêmios de MVP do jogo), Brady é um dos maiores nomes da história recente da NFL. Segundo a revista “Forbes”, ele faturou US$ 14 milhões (R$ 40,2 milhões) em salários e US$ 7 milhões (R$ 20,1 milhões) em patrocínios em 2014.
A realidade de Butler é muito diferente. O cornerback foi ignorado no draft e estava desempregado antes do início da última temporada da NFL. Conseguiu uma chance no New England Patriots e acertou um contrato até 2017. O calouro recebe US$ 420 mil (R$ 1,2 milhão) por temporada, salário mínimo para atletas que não passaram pelo processo de seleção.
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