Racismo e suástica levam equipe universitária de futebol americano a greve

Jogadores do time de futebol americano da Universidade do Missouri entraram em greve na noite deste domingo. O motivo: recorrentes manifestações de racismo das quais acusam ser alvo no campus.

Os atletas organizaram um grupo batizado Concerned Student 1950 em setembro para protestar contra tais manifestações. Um dos estudantes faz greve de fome, pedindo a saída do presidente da universidade.

Os protestos começaram quando Payton Head, líder da associação estudantil da universidade, afirmou ter sido alvo de “abuso racial” por um grupo de pessoas em um caminhão. No entanto, o auge da revolta veio em 24 de outubro, após uma suástica feita de fezes ser deixada em um banheiro dos dormitórios estudantis.

Em sua conta no Twitter, Anthony Sherrils, cornerback da equipe de futebol americano da universidade, publicou um comunicado do grupo. Na breve nota, cobrou justiça e tratamento igualitário para os atletas negros.

“Não iremos mais participar de nenhuma atividade relacionada ao futebol americano até que o presidente (da universidade) Tim Wolfe renuncie ou seja retirado das funções diante de sua negligência frente às experiências de estudantes marginalizados”, completa o comunicado.

O departamento atlético da instituição afirmou estar “ciente das declarações” feitas pelos estudantes. “Devemos estar juntos de nossos líderes de todo o campus para enfrentar essas desafiadoras questões, apoiando o direito de nossos atletas-estudantes de fazer o mesmo”, afirma.