Jogador da NFL que iniciou protestos em hino americano é ameaçado de morte
Colin Kaepernick, quarterback do San Francisco 49ers, revelou na noite desta terça-feira (20) que tem recebido ameaças de morte após protagonizar a polêmica do protesto ao hino nacional norte-americano na NFL, maior liga de futebol americano do mundo.
"Se alguma coisa acontecer comigo, estará provado que estava certo", disse Kaepernick de acordo com a Bay Arena News Group, uma espécie de agência de notícias dos Estados Unidos.
Tudo começou no final de agosto, em uma partida de pré-temporada do 49ers contra o Green Bay Packers, quando Kaepernick decidiu ficar de joelhos durante a execução do hino dos EUA. Em todas as grandes ligas esportivas estadunidenses, o hino norte-americano costuma preceder as partidas. Na NFL, liga de futebol americano, também é assim.
"Eu não vou me levantar para mostrar orgulho à bandeira de um país que oprime pessoas negras e pessoas de cor. Para mim, isso é maior que o futebol [americano] e seria egoísta da minha parte enxergar de outra forma. Têm corpos nas ruas e pessoas se safando de assassinatos", explicou Kaepernick na época.
Na última sexta, segundo o jornal USA Today, uma policial de Tulsa atirou e matou Terrence Crutcher, um homem negro desarmado. E Kaepernick aproveitou para reforçar seu protesto.
“Esse é um exemplo perfeito do que se trata [meu protesto]. Será muito revelador o que acontecerá com o policial que o matou. Há muito racismo disfarçado de patriotismo neste país e as pessoas não gostam de lidar com isso. Não gostam de se aprofundarem na raiz deste protesto”, finalizou.
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