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Em meio a polêmicas, NFL tenta "apagar incêndio" e ser simpática em final

Quinton Peron (foto) e Napoleon Jinnies integraram a equipe de animadores de torcida dos Rams na decisão - Harry How/Getty Images/AFP
Quinton Peron (foto) e Napoleon Jinnies integraram a equipe de animadores de torcida dos Rams na decisão Imagem: Harry How/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

04/02/2019 04h00

A cada edição do Super Bowl, a história do futebol americano escreve novos capítulos em campo. No entanto, na edição deste domingo (3) em Atlanta, páginas importantes da modalidade foram escritas também fora dele. Não por jogadores e técnicos, mas por cheerleaders e músicos.

No jogo que deu ao New England Patriots seu sexto troféu Vince Lombardi, o time de Tom Brady precisou dividir ao menos uma parte do protagonismo. O duelo no Mercedes-Benz Stadium consagrou a equipe da Nova Inglaterra, mas também mostrou uma tentativa da NFL de mostrar um lado mais "simpático" após recentes polêmicas.

Exemplo disso: pela primeira vez, o jogo que decidiu a temporada da NFL teve homens na função de animadores de torcida.

A temporada 2018 foi a primeira da história a ter homens como cheerleaders: Napoleon Jinnies e Quinton Peron. A dupla foi escalada ainda no começo do último ano pelo Los Angeles Rams, justamente o vencedor da Conferência Nacional (NFC) e finalista da competição. O New Orleans Saints, derrotado pelos próprios Rams na final da conferência, também tinha um líder de torcida: Jesse Hernández.

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Não que homens não tenham se apresentado em situação semelhante antes na história do Super Bowl. A novidade é que, pela primeira vez, a dupla dos Rams foi apresentada como cheerleaders. Seus antecessores eram chamados de male stunt team, algo como "equipe de dublês" ou "acrobatas".

Mas é bem provável que a grande questão extracampo da temporada tenha sido racial. Desde 2016, quando o quarterback Colin Kaepernick, então no San Francisco 49ers, liderou manifestações a respeito da temática, o assunto é uma ferida aberta no futebol americano.

Rihanna era cotada para se apresentar no show do intervalo desde domingo, mas teria recusado em apoio a Kaepernick. A apresentação do fim de semana então contou com a banda Maroon 5 e com os rappers Travis Scott e Big Boi - e fugiu de qualquer polêmica.

Em uma cidade como Atlanta, famosa pela soul music e pelo hip-hop, Gladys Knight acabou tendo uma apresentação emblemática. A diva do soul foi escalada para cantar o hino nacional dos EUA antes do jogo. O duo Chole x Halle, de R&B, ficou responsável pela interpretação do clássico America, the Beautiful. E as manifestações sociopolíticas ficaram longe dos holofotes durante o evento.