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Tom Brady é lenda da NFL, mas seu salário não é top 5 da liga

Tom Brady sorri antes do Super Bowl LIII, disputado no dia 3 de fevereiro - Kevin C. Cox/Getty Images/AFP
Tom Brady sorri antes do Super Bowl LIII, disputado no dia 3 de fevereiro Imagem: Kevin C. Cox/Getty Images/AFP

Lucas Tieppo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/08/2019 04h00

Tom Brady assinou nesse domingo a extensão por mais dois anos do seu contrato com o New England Patriots, time que defende desde que chegou à NFL em 2000 e pelo qual ganhou o Super Bowl seis vezes, recorde na liga de futebol americano dos Estados Unidos. Mas se engana quem pensa que o novo vínculo colocou o jogador, considerado por muitos o maior da história da modalidade, no topo da lista de maiores salários do campeonato.

Os 23 milhões de dólares (R$ 89,5 milhões) que Brady receberá para a temporada 2019 não o colocam nem no top 5 dos mais bem pagos da NFL.

Quem lidera a lista é Russell Wilson, líder do Seattle Seahawks e vencedor de apenas um Super Bowl. Brady será apenas o sexto mais bem pago ao lado de Drew Brees, do New Orleans Saints. E olha que a situação melhorou. Antes, Brady não aparecia no top 10.

Wilson assinou contrato por quatro anos e uma bolada de 140 milhões de dólares (R$ 554,8 milhões) garantidos, média de 35 milhões de dólares (R$ 136,2 milhões) por temporada, ou R$ 47 milhões a mais que Brady.

Mas por que a lenda da NFL não é o jogador mais bem pago da liga? A explicação está em uma regra da NFL e como o jogador decidiu lidar com ela.

Os times que disputam a liga têm um teto salarial e pagam pesadas multas se extrapolarem o limite imposto. Para 2019, esse teto é de 188,2 milhões de dólares (cerca de R$ 732 milhões).

Pode parecer muito, mas o elenco de um time de NFL tem 53 atletas. Assim, quanto maior o salário de um jogador, mais espaço ele ocupa no teto salarial. Consequentemente, menos dinheiro a franquia tem para buscar outros grandes jogadores.

E é exatamente assim que pensa Brady. Seis vezes campeão do Super Bowl, eleito quatro vezes o melhor jogador da final e dono de diversos recordes da liga, o camisa 12 dos Patriots decidiu nos últimos anos ganhar bem menos do que vale para ter no entorno um time mais competitivo.

A tática tem dado certo, já que a equipe venceu três dos últimos cinco Super Bowl.

Em maio desde ano, Brady foi questionado em um programa da rede de televisão norte-americana ABC sobre estar fora da lista dos mais bem pagos e respondeu com bom humor. "Minha esposa ganha muito dinheiro", disse Brady, referindo-se à modelo brasileira Gisele Bundchen, com quem é casado.

Depois, o jogador expôs seu ponto de vista sobre o teto salarial.

"Eu sou um pouco mais esperto do que você pensa. Na verdade, é um teto salarial. Para você pagar muito para um, os outros precisam ganhar menos. E, do ponto de vista da vantagem competitiva, eu gosto de ter um monte de bons jogadores ao meu redor", afirmou.

O novo contrato de Brady, que completou 42 anos no fim de semana, vai até 2021 e garantiu a ele um aumento de 8 milhões de dólares (R$ 31,1 milhões) para 2019. Segundo Ian Rapoport, repórter da NFL Network, o salário aumentará para 30 milhões de dólares (R$ 116,7 milhões) em 2020 e 32 milhões de dólares (R$ 124,5 milhões) em 2021.

Vale lembrar que Brady foi selecionado pelos Patriots na 199ª posição, na sexta rodada, do Draft de 2000. Estima-se que ele já ganhou mais de 200 milhões de dólares em salários na sua carreira.

Em fevereiro, Tom Brady recebeu homenagem na Disney

Band Sports