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Acusado de estupro e dispensado, Antonio Brown fica em xeque na NFL

Antonio Brown em ação pelo New England Patriots contra o Miami Dolphins - Michael Reaves/Getty Images/AFP
Antonio Brown em ação pelo New England Patriots contra o Miami Dolphins Imagem: Michael Reaves/Getty Images/AFP

Lucas Tieppo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/09/2019 04h00

Acusações de abuso sexual e estupro por duas mulheres, duas dispensas em pouco apenas duas semanas e histórico de polêmicas extra-campo. Estes são apenas alguns episódios recentes da vida de Antonio Brown, um dos principais wide receivers da NFL. Mas qual é o futuro de um dos jogadores mais talentosos da liga?

Os próximos capítulos da novela em que se transformou a sua vida serão fora dos campos, pelo menos por enquanto.

Ao ser dispensado pelo New England Patriots na última sexta-feira (20), Brown ficou apto a assinar por qualquer outro time da liga. Falta, no entanto, que alguma franquia assuma o risco de ter um jogador que pode ser punido a qualquer momento.

A NFL segue investigando as acusações de abuso sexual e estupro contra o jogador pela sua ex-treinadora. A comissão criada pela liga ouviu Britney Taylor por horas e ainda não está definido se o atleta será ouvido também. A Promotoria do Estado de Pittsburgh anunciou que o wide receiver não será processado criminalmente porque os casos prescreveram. Porém, ele pode ser punido esportivamente pela liga por violar o código de conduta e acabar suspenso ou até mesmo banido.

Além desse processo, a Sports Illustrated revelou outro caso de assédio que acabou sendo determinante para a dispensa nos Patriots. Desta vez, uma artista que preferiu não se identificar disse que Brown teria ficado nu atrás dela enquanto pintava um dos quartos da sua residência. A publicação divulgou algumas mensagens do jogador ameaçando a mulher.

As primeiras revelações aconteceram no dia seguinte ao anúncio oficial da contratação, e as entrevistas coletivas do técnico Bill Belichick seguintes às acusações foram tomadas por perguntas sobre os problemas extra-campo. Ao avaliarem a situação do jogador depois da segunda leva de acusações, os Patriots entenderam que Brown saiu da linha de conduta e decidiram pela dispensa.

Apesar de usar as redes sociais para agradecer à franquia, Brown atacou o dono dos Patriots, Robert Kraft, acusado-o de tráfico humano e prostituição. "Kraft foi pego no flagra e está em sua sala de estar. Especulações sobre AB e ele é demitido. Diferentes casos, diferentes caras, claramente", escreveu.

Drew Rosenhaus, agente de Brown, revelou na última sexta que diversos times o procuraram para sondar a situação do atleta, considerado um dos cinco melhores recebedores da liga.

Porém, o jogador afirmou no último domingo (22) que não jogará mais na NFL após ter o segundo contrato rompido em duas semanas, deixando de receber quase 40 milhões de dólares por causa das dispensas - lembrando que ele já havia ameaçado abandonar a carreira quando foi proibido de usar o capacete que estava acostumado.

"Não jogarei mais na NFL. Estes donos [das franquias] podem cancelar acordos, fazem o que querem a qualquer momento. Vamos ver o que a NFLPA [sindicato dos jogadores de futebol americano] faz para responsabilizá-los. Eles podem evitar valores garantidos a qualquer momento. Foram US$ 40 milhões em dois meses. Vamos ver se eles vão pagar!", escreveu.

O contrato com os Patriots durou apenas 11 dias, e Brown entrou em campo apenas uma vez, na vitória sobre o Miami Dolphins, quando anotou um touchdown. Antes, o jogador foi dispensado pelo Oakland Raiders sem atuar nenhuma vez pelo time.

Ontem (22), Brown postou foto mostrando que se inscreveu em aulas universitárias, insinuando que vai voltar a estudar. Ele não se formou antes de começar a jogar futebol americano profissionalmente.

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