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Esperança dos 49ers, Garoppolo precisou deixar Brady para poder brilhar

Jimmy Garoppolo sorri durante coletiva de imprensa em Miami, onde será disputado o Super Bowl - Kirby Lee/USA TODAY
Jimmy Garoppolo sorri durante coletiva de imprensa em Miami, onde será disputado o Super Bowl Imagem: Kirby Lee/USA TODAY

Lucas Tieppo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/01/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Garoppolo chegou à NFL como substituto ideal de Brady nos Patriots
  • Quarterback defendeu os Patriots por três anos e meio antes da troca para os 49ers
  • Camisa 10 tem dois títulos da NFL, mas em ambos era reserva de Brady
  • Garoppolo jogará o seu primeiro Super Bowl como titular contra os Chiefs

Jimmy Garoppolo chegou ao Super Bowl, mas com uma camisa diferente da que todos imaginavam que ele vestiria em sua primeira aparição como titular na final da NFL. O quarterback agora lidera o San Francisco 49ers depois de chegar à liga em 2014 como sucessor de Tom Brady e aposta da Bill Belichick para manter a dinastia do New England Patriots viva, mas só brilhou depois que foi trocado.

Aos 28 anos, Garoppolo já tem dois anéis de campeão da NFL, mas em ambos ele era reserva de Brady nos Patriots e não chegou a entrar em campo nos triunfos sobre Seattle Seahawks, no Super Bowl 49, e Atlanta Falcons, no Super Bowl 51.

O estilo de jogo parecido com o de Brady, o jogo de pés e a mecânica de lançamentos inspirados no ídolo, a boa precisão nos passes, a leitura rápida de jogo e até mesmo sua beleza foram alguns dos fatores que fizeram o quarterback se tornar personagem relevante na NFL antes mesmo de assumir a titularidade dos 49ers na reta final da temporada 2017.

Garoppolo foi selecionado pelos Patriots na 62ª escolha do Draft de 2014 e lapidado para ser o substituto de Brady, de quem era fã declarado desde a infância. Por três temporadas e meia, fez apenas 17 jogos, sendo dois como titular, mas todos sabiam que o jovem seria apenas reserva enquanto o astro atuasse em alto nível na franquia.

"Ele nunca teve nenhum pôster no quarto, mas Tom Brady certamente era o cara dele", disse Denise Garoppolo, mãe do quarterback, em entrevista ao Boston Globe.

Assim, Garoppolo ficou no banco até que o fim do período de trocas na temporada 2017 se aproximou e Bill Belichick, técnico dos Patriots, aceitou a exigência feita por Robert Kraft, dono da franquia, para trocar o jogador por uma modesta escolha de segunda rodada do Draft de 2018.

O primeiro contrato de Garoppolo com os Patriots chegava ao fim, e a franquia não estava disposta a pagar um salário de elite para dois jogadores da mesma posição. Brady jogava em alto nível e usou sua influência com a direção para que a troca fosse concretizada segundo matéria divulgada pela ESPN norte-americana em janeiro de 2018. Belichick, contrariado e furioso, aceitou o negócio, mas sua relação com o quarterback titular e com a diretoria ficou bastante abalada.

Ainda segundo a ESPN, Belichick escolheu os 49ers como destino para o jogador por entender que ele iria se desenvolver nas mãos do técnico Kyle Shanahan. Outras equipes tinham interesse no atleta, mas o treinador não ouviu nenhuma outra proposta.

Garoppolo encerrou a temporada 2017 como titular dos 49ers e emendou cinco vitórias seguidas nas últimas rodadas. A equipe tinha perdido dez dos 11 jogos disputados antes de ele assumir a titularidade. Em fevereiro de 2018, o quarterback assinou contrato com a franquia californiana por 5 anos e 137,5 milhões de dólares (R$ 448 milhões na época).

A expectativa para a primeira temporada de Jimmy com a nova franquia era alta, mas durou pouco tempo. O camisa 10 sofreu uma ruptura dos ligamentos do joelho esquerdo em partida válida pela terceira rodada.

Assim, o jogador só voltou a campo em 2019, e o fez em grande estilo. Garoppolo liderou os 49ers com oito vitórias nas oito primeiras rodadas. No fim da temporada regular, a franquia registrava 13 triunfos e três derrotas, a melhor campanha da Conferência Nacional.

No Super Bowl 54, no dia 2 de fevereiro, contra o Kansas City Chiefs, Garoppolo terá a chance de enfim colocar seu nome na história da NFL sem a sombra de Brady.

Ao UOL, Paulo Antunes explica o Super Bowl e os times que o jogarão em 2020

Do UOL, em São Paulo