Dinheiro, família e armas ofensivas pesaram para Brady escolher novo time
Tom Brady já tem uma nova equipe para seguir sua carreira no futebol americano. No mesmo dia do anúncio da sua saída do New England Patriots, o quarterback chegou a um acordo nesta terça-feira (17) para se tornar jogador do Tampa Bay Buccaneers.
A informação foi dada por Ian Rapoport, repórter do NFL Network, na noite desta terça-feira (17). O acerto ainda não é oficial e nem há data para o anúncio, mas o acordo está selado. Segundo Rapoport, os Bucs pagarão 30 milhões de dólares (R$ 150 milhões) por temporada ao veterano.
Outras equipes tinham interesse em assinar com Brady, que pela primeira vez na carreira estava livre no mercado. Los Angeles Chargers e Las Vegas Raiders acompanharam de perto a definição do futuro dele, mas não chegaram a oficializar o interesse.
Depois de 20 anos com a camisa dos Patriots, Brady vestirá outro uniforme na NFL pela primeira vez. Ele se despede dos Patriots com seis títulos da liga, recorde entre os atletas, e nove contratos assinados que renderam 235 milhões de dólares (mais de R$ 1,1 bilhão) em salários.
As movimentações de Brady nesta terça causarão algumas consequências para a NFL. Depois de 20 anos e nove títulos da Conferência Americana, Brady disputará a Conferência Nacional da liga. Tampa Bay está na divisão NFC Sul ao lado de New Orleans Saints, Atlanta Falcons e Carolina Panthers.
Brady trocou a franquia mais vencedores da liga ao lado do Pittsburgh Steelers para defender um time que vive má fase há anos. Os Buccaneers venceram o Super Bowl apenas uma vez, na temporada 2002, e não chegam aos playoffs desde 2007. Foram apenas dez aparições na pós temporada contra 41 aparições do quarterback.
Nada levava a crer que Brady apostaria em um time com esse histórico recente, mas alguns fatores pesaram para o veterano de 42 anos assinar com o time da Flórida. Brady quer jogar até os 45 anos e os Patriots não pareciam dispostos a permitir isso, tanto que segundo a NBC Sports não houve negociação por um novo acordo. Já os Bucs ofereceram 30 milhões de dólares, o quinto maior salário da NFL, o que mostra total confiança no desempenho dele como líder de um time no curto prazo.
A franquia tem um ótimo corpo de recebedores, liderados por Mike Evans e Chris Godwin, uma boa linha ofensiva e uma defesa com qualidade. Com as novas escolhas via Draft ou e reforços via troca, a equipe de Bruce Arians pode chegar aos playoffs e quem sabe dar mais um anel para Brady antes da aposentadoria. A janela é de três anos, mas a disputa com Saints será grande para o título da NFC Sul.
O treinador também foi um fator importante, já que Arians é conhecido por trabalhar bem com quarterbacks apesar de apostar em jogadas mais verticais, o que deve mudar a partir da chegada de Brady, que não tem o braço mais potente da NFL. Jameis Winston, titular dos Bucs em 2019, liderou em jardas lançadas com 5.109, com 33 touchdowns e 30 interceptações.
Fora os fatores esportivos, segundo a imprensa norte-americana a família de Brady preferia seguir morando na Costa Leste dos Estados Unidos. Além disso, a Flórida não cobra imposto de renda estadual. Ou seja, mais dinheiro no bolso de Brady.
Outro ponto importante é que o estádio dos Bucs, o Raymond James Stadium será palco do Super Bowl 55 em fevereiro de 2021 e nunca um time jogou a final da NFL em casa. Pode ser mais recorde a ser batido por Brady.
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