Brasil reencontra derrota um ano após último revés e é vice da Copa Latina

Ricardo Zanei

Em Rio Quente (GO)*

  • João Pires/Divulgação

    Jogadores do Uruguai comemoram vitória nos pênaltis contra o Brasil na final

    Jogadores do Uruguai comemoram vitória nos pênaltis contra o Brasil na final

Há exatamente um ano, o Brasil sofria seu último revés no futebol de areia. No mesmo palco do tropeço para o Chile, 365 dias e 20 vitórias depois, a seleção sentiu novamente o gosto da derrota. Nos pênaltis, perdeu para o Uruguai por 1 a 0 (no tempo normal e na prorrogação, houve empate por 3 a 3) e deixou escapar o título inédito da Copa Latina, disputada na arena montada no "Hot Park", no complexo do Rio Quente Resorts (GO).

VEJA O LANCE DECISIVO DO JOGO

Assim, o Brasil conhece sua terceira derrota em 12 edições do torneio, o qual conquistou nove vezes. Em 2010, o título escapou na segunda rodada, na derrota por 11 a 8 para o Chile, que levaria a taça. Foi a primeira vez na história que o Brasil levou tantos gols (até então, só havia sofrido 10 em duas vitórias contra a França).  O primeiro tropeço foi em 2000, quando a seleção terminou em terceiro: Portugal foi campeão, e a Espanha, vice.

Assim como nos jogos contra México e Argentina, o Brasil encontrou dificuldades para fazer o seu jogo fluir. Ainda no primeiro período, André avançou pela direita e bateu cruzado, Fabian tentou tirar e marcou contra.

A reação uruguaia veio no segundo tempo. Xavier perdeu a bola, Gonzalo roubou e colocou no ângulo direito para empatar. Em seguida, após cobrança de escanteio, Pampero chutou, Mão fez milagre, mas, no rebote, Nico virou o placar.

Foi a vez do artilheiro Benjamin entrar em ação. Empatou por 2 a 2 em um chute forte, de longa distância, no canto esquerdo. Depois, de cabeça, anotou 3 a 2 para o Brasil.

Betinho teve a chance de ampliar, mas desperdiçou uma cobrança de pênalti, carimbando o travessão. O castigo veio a 2min18 do fim: Fabian desviou dentro da área e igualou novamente, levando a decisão para o tempo extra.

Após 3min de prorrogação sem gols, a decisão foi para as penalidades, em cobranças alternadas. Fabian, o camisa 10 uruguaio, bateu com violência para fazer 1 a 0. Benjamin tentou o canto direito, mas Diego fez bela defesa, garantiu o título inédito e ampliou o jejum do Brasil na competição. Agora, serão mais 365 dias de um título "engasgado".
 

*O jornalista acompanha o evento a convite da organização

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