Futebol de areia cresce, e Brasil, 'o time a ser batido', já sofre em quadra
Ricardo Zanei
Em Rio Quente (GO)*
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João Pires/Divulgação
Brasileiro tenta gol de bicicleta durante a derrota para o Uruguai nos pênaltis
A tendência é de profissionalização do futebol de areia pelo mundo. Times mais bem treinados, jogadores que vivem do esporte. Isso reflete em uma maior dificuldade para a seleção brasileira, que foi derrotado pelo Uruguai neste domingo e ficou com o vice-campeonato da Copa Latina pela segunda vez consecutiva. Mas, para o técnico Alexandre Soares, todo o novo cenário é positivo.
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"Hoje não tem mais aquele negócio de chamar ex-jogador, juntar um pessoal e chegar para jogar. É todo mundo preparado", disse o treinador, na arena montada no "Hot Park", no complexo do Rio Quente Resorts (GO). "Quase todo mundo hoje é profissional, vive do futebol de areia."
Na Copa Latina, foram três partidas, duas vitórias apertadas sobre México, 4 a 3, e Argentina, 3 a 1, e empate com o Uruguai por 3 a 3, seguida de uma derrota nos pênaltis.
"A Argentina tem uma quadra de futebol de areia no centro de treinamento da Federação. O México, também. O Uruguai já disputou final de Copa do Mundo contra a gente. Esses caras treinam todo dia", disse o treinador.
"O nível cresceu muito nos últimos anos, todo jogo é complicado. É legal para o esporte. Se a gente continuar ganhando, também é legal para a gente, pois mostra a qualidade desse grupo", afirmou Soares.
Sobre a derrota para o Uruguai na final da Copa Latina, o treinador foi taxativo. "Chegamos na final. O Uruguai é um grande time e mereceu. Perder é horroroso, ninguém gosta de perder, mas vamos tomar uma lição disso e vamos aprender."
*O jornalista acompanha o evento a convite da organização