Nome completo | Ademir da Guia |
Posição | Meia |
Data de nascimento | 03/04/1942 |
Nacionalidade | Brasileira |
Local de nascimento | Rio de Janeiro (RJ) |
Altura | 1,80m |
Peso | 74kg |
Divina inspiração
Domingos, o pai, jogou nos anos 30 e foi o maior zagueiro do país em todos os tempos. Ademir, o filho, encantou toda uma geração de palmeirenses entre 1961 (ano em que foi comprado, ainda semiprofissional, do Bangu) e 1977 (ano em que se despediu do futebol, aos 35 anos.
Ademir da Guia e seu futebol foram cantados em verso e prosa. Virou poema de João Cabral de Melo Neto e - vejam só - música de Moacyr Franco. Nas palavras do cronista Armando Nogueira, tinha "nome e sobrenome de craque". Pela torcida, era chamado de "O Divino". Sempre exibindo as mesmas passadas largas e toques enxutos - porém decisivos na bola -, Ademir cumpriu 866 partidas com a camisa verde, um verdadeiro recorde na história do clube. Marcou 153 gols.
Certa vez, em 1967, o técnico Aymoré Moreira pediu a contratação de um outro meia-armador para seu lugar. Achava Ademir um jogador excessivamente frio, sem vibração. A resposta do diretor de futebol Ferruccio Sandoli veio seca: "Aqui, o técnico tem toda a liberdade, menos a de ser louco. E querer substituir Ademir é loucura". Aymoré foi demitido. Ademir continuaria ídolo por mais dez anos.
Por conta de seu temperamento, Ademir jamais teve grandes chances na Seleção Brasileira. Sua participação mais importante resume-se ao primeiro tempo do jogo Polônia 1 x 0 Brasil, um jogo nada glorioso para a história da Seleção e que decidiu o terceiro lugar da Copa do Mundo de 1974, na Alemanha.
No Palmeiras, porém, Ademir foi grande. Cinco vezes campeão paulista e bicampeão brasileiro (1972/73), Ademir encerrou a carreira em um jogo contra o Corinthians, em 1977. Saiu aplaudido pela própria torcida adversária.
Ainda membro ativo no Palmeiras, Ademir ingressou na vida política em 2004 quando foi eleito vereador de São Paulo pelo partido PC do B. Depois, imigrou para o PL, atual Partido da República-PR.
Análise técnica
Cabeceio - Não era a sua especialidade.
Chute
Pé direito - Certeiro.
Pé esquerdo - Bom.
Velocidade - Considerado um jogador lento, fazia quase parado o que a maioria não consegue fazer em movimento.
Habilidade - Fantástica. Era um jogador clássico, que tratava a bola com rara intimidade.
Posicionamento - Perfeito.
Marcação - Não precisava marcar.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas