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Estudiantes bate Huracán e se recupera de goleada sofrida na Libertadores

Do UOL Esporte

Em São Paulo

22/02/2010 23h09

Classificação e Jogos

O Estudiantes de la Plata recuperou o bom futebol e subiu da nona à terceira colocação no Clausura ao bater, na noite desta segunda-feira no Estádio José Luis Meiszner, em Buenos Aires, a equipe do Huracán pelo placar de 2 a 0, com gols de Juan Sebastián Verón e Mauro Boselli. O Huracán, visitante nesta partida, continua na 14ª posição.

Com o gol marcado no estádio do Quilmes AC, o atacante Boselli chegou à artilharia do campeonato junto a Martín Palermo, do Boca Juniors, e Andrés Silvera, do Independiente.

Na próxima partida, o Estudiantes tem a dura missão de enfrentar o Boca Juniors na Bombonera com duas grandes baixas, justamente os autores dos dois gols da partida: “la Bruja” Verón, que recebeu o quinto cartão amarelo por uma falta por trás em Toranzo; e Boselli, que não pode atuar contra o Boca por conta de uma cláusula contratual que o impede de enfrentar o ex-clube.

Já o Huracán receberá o líder Velez Sarsfield em sua casa, no domingo.

O jogo

Diante de sua torcida, o Estudiantes tentava apagar a má impressão deixada na semana anterior, quando havia tomado uma lavada de 4 a 1 do Alianza Lima pela Copa Libertadores da América, no Peru. A partida era vista por todos como a chance de o time reganhar a confiança digna de um campeão continental. Por isso, foi com força máxima a campo.

A motivação para reabilitar-se pareceu funcionar. Mas, apesar do amplo domínio do Estudiantes no primeiro tempo, que levou muito perigo principalmente com Sosa pela direita, foi o Huracán quem teve a primeira grande oportunidade de abrir o placar, aos 13 minutos. Após escanteio pela direita, cobrado no primeiro pau, Esmerado se antecipou ao zagueiro e tocou, mas a bola bateu na trave e Mauro Boselli afastou o perigo.

Foi Boselli, aliás, o principal nome da partida. Logo após tomar a bola na trave, sua equipe foi pra cima e, aos 14, o atacante recebeu na entrada da pequena área para chutar por duas vezes seguidas, sem conseguir arrematar com sucesso em ambas.

Em seguida, aos 23 minutos, numa falta pela esquerda da intermediária, Benítez fez o cruzamento, a bola passou incólume pela massa de jogadores que a acompanhavam e quicou na entrada da pequena área para cair na cabeça de um desacreditado Boselli, que deu um golpe fraco, na mão do arqueiro Monzón.

Logo depois, aos 27, Boselli novamente recebeu na ponta direita da grande área, deu belo corte em direção à meia lua e chutou rente ao ângulo esquerdo da meta do Huracán. Dois minutos após, com muita categoria, Verón tocou para Boselli, que tirou do goleiro com um leve toque por cima, mas viu sua tentativa frustrada com o corte de cabeça da zaga adversária.

De tanto insistir, Boselli finalmente deixou o seu. Aos 30, numa cobrança de escanteio pela esquerda, Verón cruzou na cabeça do atacante, que do segundo pau, arrematou para o fundo do gol após leve desvio do zagueiro do Huracán, que de costas para o lance, nada poderia fazer.

Após o gol, as equipes se revezavam nas investidas, mas o Huracán mostrava um fraquíssimo poder ofensivo, como em quase toda a primeira etapa.

O segundo tempo não começou diferente, e aos 4 minutos o Estudiantes quase ampliou com muita categoria: Verón cruzou do centro para a direita, nos pés do sempre perigoso Sosa, que, de primeira, deixou Angeleri cara a cara com Monzón, mas o arqueiro fechou bem o ângulo e levou a melhor.

O jogo coletivo do Estudiantes, com ótimo toque de bola da defese ao ataque, envolvia completamente o Huracán também na etapa complementar, e aos 10, Nuñez desperdiçou uma chance incrível, ao driblar o goleiro Monzón em velocidade para em seguida, com o gol aberto, chutar por cima.

O mesmo Nuñez, porém, conseguiu um pênalti aos 13 minutos, numa confusão na beira da pequena área. Mas Boselli chutou forte na parte direita do travessão, perdendo a oportunidade de tomar a artilharia do campeonato só para si.

No entanto, como um fruto maduro que está prestes a cair, o segundo gol do Estudiantes era questão de tempo. E de um jeito deveras estranho se materializou. Um bate-rebate descontrolado da zaga do Huracán, no qual três defensores tocaram na bola sem consciência alguma, o qual “la Bruja” Verón aproveitou para empurrar de bico na frente da pequena área. A bola ainda bateu em mais dois jogadores antes de enganar o goleiro Monzón. Verón nem comemorou.

Após o segundo gol, o Huracán teve um pouco mais de iniciativa do que anteriormente, mas nada que alterasse o domínio completo da equipe da casa.

Porém, aos 35, os visitantes chegaram duas vezes com muito perigo à meta do Estudiantes. Na primeira oportunidade, Gastón Machín cruzou por baixo, na frente do gol, mas nenhum dos quatro companheiros livres do outro lado conseguiu completar. Na saída de bola, Toranzo surpreendeu o zagueiro roubando a bola e, de fora da área, disparou um belo petardo que, para sorte dos atuais campeões da América, explodiu no travessão, quase no ângulo esquerdo.