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Após derrota, treinador do Boca Juniors deixa o cargo

Após derrota por 3 a 0 para o Colón no Clausura, Abel Alves deixou o comando do Boca Juniors - AP/Jorge Araujo
Após derrota por 3 a 0 para o Colón no Clausura, Abel Alves deixou o comando do Boca Juniors Imagem: AP/Jorge Araujo

Das agências internacionais

Em Buenos Aires (Argentina)

09/04/2010 10h35

Classificação e Jogos

A crise no Boca Juniors está longe do fim. Nesta sexta-feira, José Beraldi, vice-presidente do clube argentino, confirmou a saída do treinador Abel Alves. Ele foi demitido um dia depois da derrota por 3 a 0 para o Colón, pelo Torneio Clausura. Foi o quinto resultado negativo nos últimos seis jogos. “Nós nos reunimos e ele disse, em um ato de dignidade que o enaltece, que vendo não ter como reverter esta situação, deixava-nos em liberdade”, afirmou Beraldi. A reunião que definiu a saída do treinador foi feita depois da partida.

A derrota para o Colón fora de casa colocou o Boca Juniors em penúltimo lugar no Torneio Clausura, com apenas onze pontos ganhos em cinco partidas. Devido às fracas campanhas recentes no Campeonato Argentino, o time não se classificou para a disputa da Libertadores-2010.

Com a saída de Alves, o Boca Juniors terá o seu terceiro técnico neste ano. Ele era auxiliar técnico do clube e assumiu o cargo em janeiro, depois da saída de Alfio Basile, que pediu demissão na época por ter perdido o controle do grupo de jogadores. Nesta semana, o presidente Jorge Amor Ameal garantiu a permanência de Alves no cargo. Mas ele não resistiu a mais uma derrota de um time em crise.

Nem mesmo a vitória de 2 a 0 contra o River Plate no "Superclássico", disputado há duas semanas, colocou um ponto final na crise vivida no Boca Juniors. O clima tenso no clube ficou evidente pouco antes do início da partida desta quinta. Nos vestiários, Alves informou o goleiro Javier García que ele ficaria no banco de reservas. Foi o suficiente para o jogador se irritar e discutir com o técnico.

O treino desta tarde será comandado, interinamente, por Roberto Pompei, promovido do time júnior para administrar a crise vivida no Boca Juniors, a seis rodadas do fim do Torneio Clausura. "Vestir essa camiseta é motivação suficiente para os jogadores", disse Pompei. "Os jogadores precisam jogar tudo que sabem se estiverem no fim do contrato. Quando um time termina bem uma competição, qualquer situação de crise fica para trás". Em meio a esse clima, a diretoria do Boca ainda pretende renovar os contratos dos veteranos Juan Roman Riquelme e Martin Palermo, que se encerram em junho deste ano.