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R. Lourenço culpa reformulação, questões físicas e caso Jael por sua demissão

Rogério Lourenço resistiu apenas 5 jogos no Bahia - Divulgação
Rogério Lourenço resistiu apenas 5 jogos no Bahia Imagem: Divulgação

Do UOL Esporte

Em São Paulo

08/02/2011 16h40

Rogério Lourenço durou apenas cinco jogos no comando do Bahia, até ser demitido na última segunda-feira, um dia após a derrota no clássico contra o Vitória, no Barradão, por 3 a 0. Nesta terça, o treinador falou sobre sua saída, e apontou a reformulação do grupo e a falta de condicionamento físico dos jogadores como principais responsáveis pela fraca campanha do clube tricolor na atual temporada.

“É inegável que o meu trabalho foi muito atrapalhado pelo fato da equipe não estar com seu condicionamento físico ideal. Reformulamos completamente o grupo que disputou a Série B do Campeonato Brasileiro. Foram mais de 15 jogadores contratados. Era preciso ter um pouco mais de tempo para condicioná-los e entrosá-los. Mas infelizmente o futebol sofre com o imediatismo”, analisou Rogério Lourenço, que até citou ‘provas’ da justificativa.

“Levamos nove dos dez gols que sofremos na competição no segundo tempo. O time se comportava bem até o final do primeiro tempo, mas vinha a segunda etapa, o cansaço batia, e acabávamos tendo uma queda  brusca de rendimento. Nenhum time consegue atingir  seu melhor nível técnico e tático sem estar bem condicionado. Estávamos conversando para achar soluções nesse sentido, mas não tivemos tempo para isso”, declarou o treinador.

Outra justificativa encontrada por Rogério Lourenço foi o episódio que envolveu o atacante Jael, demitido após agredir um gerente de futebol do clube. “O caso envolvendo Jael desestabilizou toda equipe. O time é formado em grande parte por jovens, entre eles os que fazem parte do time vice-campeão da Copa São Paulo. Não havia como isso deixar de influenciar negativamente o lado psicológico desses atletas”, disse.

Apesar da demissão, Rogério Lourenço revelou que não guarda mágoas do Bahia. “Infelizmente não pude continuar o trabalho, mas gostaria de deixar claro que não guardo qualquer tipo de mágoa. Agradeço à direção do Bahia pela oportunidade e desejo sorte ao clube. Acredito que o time conseguirá melhorar sua classificação no futuro. É uma questão de tempo de trabalho, que faltou para nós, para que isso aconteça”, completou.

O técnico Vadão, que já trabalhou no clube tricolor no ano de 2004, é o nome mais cotado para assumir a vaga deixada por Rogério Lourenço.