Antonio Carlos teve uma passagem 'relâmpago' como técnico do Palmeiras |
O técnico foi demitido do Palmeiras pelo presidente Luiz Gonzaga Belluzzo Leia mais |
O técnico Antônio Carlos não é mais o técnico do Palmeiras. A informação foi dada pelo blogueiro do UOL Esporte Leandro Quesada, que revelou em sua página que o treinador foi demitido pelo presidente do clube Luiz Gonzaga Belluzzo.
Segundo o blogueiro, Antônio Carlos recebeu a notícia do seu empresário Carlos Leite durante o evento em homenagem aos 30 anos da Traffic (parceira do Palmeiras) e deixou o local assim que tomou conhecimento da informação.
O estopim para a demissão de Antônio Carlos foi o episódio com o atacante Robert nesta segunda-feira no Rio de Janeiro, antes de a delegação do Palmeiras pegar o avião de volta para São Paulo. Segundo a Rádio Globo, os dois se desentenderam e chegaram às vias de fato, algo que foi negado pelo ex-treinador palmeirense.
O ex-técnico do Palmeiras se manifestou sobre a polêmica de que teria brigado e até trocado socos e pontapés com o atacante Robert. O treinador, no entanto, negou que tenha havido qualquer briga ou discussão. Ele admitiu apenas que houve um caso de indisciplina no elenco e que vai desmascarar quem passou as informações para a imprensa.
Com a saída de Antônio Carlos, o Palmeiras sai em busca de um treinador para comandá-lo. Celso Roth, Tite e Cuca surgem como opções mais viáveis, mas o técnico Luiz Felipe Scolari (que irá se desligar do clube uzbeque Bunyodkor) é o sonho da diretoria.
Adilson Batista também é sonho do comando palmeirense, mas sua vinda depende da eliminação do Cruzeiro na Copa Libertadores. O time alviverde deve ser comandado pelo técnico do Palmeiras B, Parraga, na partida de sábado com o Grêmio, em casa.
Antônio Carlos foi contratado pelo Palmeiras em 18 de fevereiro após boa campanha na Série B de 2009 com o São Caetano, seu primeiro trabalho como técnico. O treinador substituiu Muricy Ramalho e estreou logo no clássico com o São Paulo pelo Campeonato Paulista, vencido pelo time alviverde em casa por 2 a 0. O ex-zagueiro era uma aposta da diretoria, que tentava superar o fracasso no último Campeonato Brasileiro.
Depois da promissora primeira partida, o Palmeiras de Antônio Carlos se mostrou instável, capaz de fazer uma grande partida como na vitória por 4 a 3 sobre o Santos na Vila Belmiro, ou de ter atuações desastrosas, assim como ocorreu na derrota em casa para o Santo André por 3 a 1.
O treinador jamais contou com o apoio total da torcida – houve protestos do lado de fora do Parque Antártica após sua contratação –, e a pressão aumentou com a sequência de resultados negativos. O Palmeiras não foi capaz de conseguir uma vaga na segunda fase do Campeonato Paulista, e terminou o torneio na 11ª colocação, sua segunda pior campanha na história.
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Na Copa do Brasil, a situação não foi melhor. Antônio Carlos levou o time alviverde às quartas de final após confronto sofrido com o Atlético-PR, e caiu nos pênaltis para o Atlético-GO. O jogo decisivo, disputado no Serra Dourada, contou com quatro cobranças erradas pelos palmeirenses.
Neste período, o clima no clube seguia ruim. O meia Diego Souza, principal jogador do time na última temporada, ofendeu um grupo de torcedores durante o primeiro jogo contra o Atlético-GO, e foi afastado em seguida. O jogador segue fora do grupo e deve ser negociado.
Em campo, o Palmeiras se mostrava uma equipe ineficiente, que falhava na marcação e não era capaz de marcar gols. A culpa caiu sobre Antônio Carlos, que não conseguia vitórias com o time. A última gota veio com a briga com Robert após o sofrível empate sem gols com o Vasco, em São Januário.
Em 19 jogos pelo time alviverde, o treinador conseguiu nove vitórias, cinco empates e cinco derrotas, acumulando um aproveitamento de 56,1%. Sua média é superior a de seu antecessor, Muricy Ramalho, que conseguiu 49% dos pontos disputados.
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