19/05/2010 - 13h18

A. Carlos condena forma como Palmeiras lidou com polêmica: "Foi covarde"

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Treinador disse ainda não entender motivos de sua saída do Palmeiras e criticou clube após polêmica

Após deixar o comando do Palmeiras, Antônio Carlos não poupou críticas à forma como a “polêmica do ônibus” foi tratada pelo clube. Nesta quarta-feira, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes, ele condenou a maneira pela qual a diretoria encarou o ocorrido após o jogo contra o Vasco e disse “não entender ainda” sua saída.

O técnico reclamou da forma como o caso foi tratado. “O Robert foi jogado para a imprensa logo depois deste episódio, o que não deveria ter acontecido. Foi algo covarde e passado para a imprensa de forma mentirosa. Nem houve discussão. O mais grave foi a saída pública, algo que poderia ser resolvido internamente”, criticou.

“Ainda não sei direito o motivo pelo qual fui demitido. Repreendi os atletas dentro do ônibus por um ato de indisciplina. Conversei com a diretoria e o (Gilberto) Cipullo avisou que haveria uma reunião para decidir o que fazer. Não tenho do que reclamar dos jogadores e fiquei chateado com o que houve. O Robert não deveria pagar como pagou”, disse, referindo-se à rescisão de contrato do atacante.

O treinador relembrou como a polêmica começou. Alguns dos jogadores do elenco foram autorizados a visitar suas famílias após o empate sem gols com o Vasco, no domingo, no Rio de Janeiro. Outros atletas também pediram a liberação, com um horário determinado para a reapresentação. No entanto, três deles voltaram após o prazo combinado.

“Gostaria de deixar claro que nunca discutiria com um jogador; quando isso acontecesse, teria que mandá-lo embora. Isso não aconteceu com o Robert. Como prego muito pela disciplina, disse a eles que não haveria mais isso (liberação após os jogos). O Robert se levantou e falou que queria o mesmo direito. Respondi que isso havia sido garantido, e o assunto acabou”, contou.

Por conta dos problemas internos no Palmeiras, Antônio Carlos mostrou-se apreensivo com o que o seu substituto encontrará. “O clube precisa melhorar muita coisa. Fico preocupado com o próximo treinador, pois se as coisas não se esclarecerem, ele não terá tranquilidade suficiente para trabalhar”, concluiu.