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Rubens Cavalari/Folhapress

Com Dracena, Dorival viu mais um caso de reclamação pública contra suas decisões

31/05/2010 - 07h00

Após queda em clássico, Santos vê queixas contra Dorival eclodirem no elenco

Renan Prates
Em São Paulo

O revés por 4 a 2 para o Corinthians não só foi ruim para o Santos pelo fato de a equipe perder um clássico. O problema maior é que mais uma vez o técnico Dorival Júnior passou a ter a sua autoridade contestada no time da Vila Belmiro.

O autor da contestação, neste domingo, foi Edu Dracena. O zagueiro ficou muito irritado por ter sido substituído no meio do jogo contra o Corinthians, quando deu lugar ao meia Zezinho.

Após o jogo, o beque do Santos protestou contra a decisão do seu comandante. “Perguntem para o Dorival por que ele me tirou. Não gostei. Ninguém gosta de sair”, contestou.

É fato que muitos dos jogadores não gostam quando são substituídos por Dorival Júnior, algo normal no futebol, mas que nunca foi ressaltado durante a fase áurea do Santos na temporada. Mas o que chama a atenção é a forma cada vez mais contundente com que os comandados do time alvinegro se manifestam contra o seu treinador.

A série de reclamações ficou mais caracterizada no episódio que gerou o afastamento de Ganso, Neymar, André e Madson do jogo contra o Atlético-GO (por eles chegarem tarde na concentração).

O último foi afastado também da partida contra o Guarani, o que somado ao fato de os solteiros concentrarem antes dos casados contribuiu mais para as queixas públicas contra Dorival aumentarem (o treinador posteriormente revogou ambas as decisões).

Publicamente, Dorival Júnior reitera sempre que pode que o ambiente no grupo do Santos é o melhor possível, e que queixas de jogadores acontecem em qualquer time. Porém, o treinador faz questão de ressaltar que quem manda é ele.

“O Dracena pode discordar e é uma opinião dele, apenas isso. Quem dirige a equipe sou eu e ponto. Não tem o que falar”, decretou sobre a reclamação do seu atleta durante o jogo contra o Corinthians.

“Isso [reclamação] acontece em qualquer equipe, em qualquer casa. Não é motivo para que se questione o convívio. A gente não produziu um bom futebol, nada mais que isso. Mas o futebol é dinâmico e a amizade do grupo é grande”.

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