01/06/2010 - 11h00

Arrumado na defesa, Palmeiras luta contra falta de referência ofensiva

Renan Prates

Em São Paulo

ÚLTIMAS REFERÊNCIAS DE ÁREA DO TIME

Referência em 2010, Robert foi questionado pela torcida e saiu após uma briga com Antônio Carlos
Vagner Love não convenceu após o retorno ao time e saiu por brigar com torcedores em uma agência
Ewerthon é o artilheiro do time no Brasileirão com dois gols, mas atua de forma improvisada no setor

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Apesar de não engrenar em suas mãos, o Palmeiras durante a gestão do técnico Antônio Carlos conseguiu arrumar a sua defesa (segunda melhor do Brasileirão). Agora sob o comando de Jorge Parraga, o time luta para amenizar um problema: a falta de referência de área no ataque.

Coincidentemente, os dois últimos nomes que preencheram esta função não caíram nas graças da torcida, o agora atacante do Flamengo Vagner Love e o avante Robert, próximo de fechar com o Cruzeiro.

"A gente perdeu os centroavantes que tinha no time. Hoje não temos mais um jogador de refêrencia, o número 9. O Éwerthon cai para os lados", admitiu o zagueiro Danilo.

Vagner Love saiu do Palmeiras por estar sem clima após brigar com torcedores em uma agência bancária de São Paulo, enquanto Robert teve o seu contrato rescindido pelo clube após discussão áspera com o técnico Antônio Carlos, que também acabou demitido pelo incidente.

“O Vagner Love faz muita falta. Ele ficou pouco tempo aqui, o que deixa a gente triste. No ano passado ele vinha de um período grande na Rússia e demorou a se adaptar. Quem acompanhava os treinos sabia que ele vinha se esforçado. Agora está fazendo muita falta”, reconheceu o defensor.

Os números comprovam a carência ofensiva do Palmeiras. A exceção do 4 a 2 contra o Grêmio na despedida do antigo Palestra Itália, o time alviverde anotou apenas um gol nas outras quatro partidas. Contra o Prudente (empate sem gols na última rodada), os atletas criaram muitas chances de gol, mas esbarraram principalmente nos erros de finalização, como reconheceu o próprio Parraga após a partida.

“Na hora de finalizar, o atleta tem que ter uma concentração maior naquilo que faz. Às vezes, ele chuta sem visualizar algo ou se apavora na frente do goleiro. Temos que trabalhar mais na parte psicológica”, alertou.

Para resolver este problema, a diretoria do Palmeiras admite que busca dois reforços para o ataque. Porém, as aquisições só devem vir para depois da Copa do Mundo. O atacante Kleber, que atuou no clube mas agora joga no Cruzeiro, surge como principal nome.