Criticado por causa da jogada aérea, zagueiro Werley aposta no trabalho para defesa melhorar
Depois de cinco rodadas, o Atlético-MG tem a defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro com 13 gols sofridos, média de 2,6 gols sofridos. Entre os 40 times que disputam as Séries A e B do Brasileirão, a equipe alvinegra tem números defensivos melhores apenas que o lanterna da segunda divisão, Duque de Caxias, que sofreu 15 gols em cinco jogos.
Para a zaga atleticana, a maior preocupação tem sido as jogadas aéreas. Na estreia do Brasileirão, Elton marcou o gol do Vasco após cobrança de escanteio na vitória atleticana por 2 a 1 no Mineirão. Na rodada seguinte, dois dos quatro gols sofridos na goleada por 4 a 0 para o Grêmio Prudente também saíram em escanteios.
Já na derrota por 4 a 3 para o Vitória, o atacante Schwenck marcou um dos quatro gols do time baiano aproveitando cruzamento pelo alto. No domingo, a bola alçada na área atleticana voltou a resultar em gol. O zagueiro Gum aproveitou escanteio e empatou a partida para o Fluminense na vitória tricolor de virada por 3 a 1 no Mineirão.
O zagueiro Werley espera que o os treinamentos ajudem a evitar os gols em bolas cruzadas pelo alto. “Nós temos que marcar bem. Se a bola chega, temos de estar preparados para tirar, mas temos de marcar para que a bola não possa chegar. Temos trabalhado, mas, infelizmente, os gols têm acontecido. Agora não adianta falar, temos que trabalhar. Com trabalho, a gente conserta tudo”, disse.
Criticado por erros de marcação em bolas aéreas, Werley se apoia na confiança do técnico Vanderlei Luxemburgo. “Quando a equipe ganha, todo mundo é o melhor do mundo. Quando perde, sempre vai ter vaias. Fico tranquilo, estou trabalhando. Quando a equipe ganhar, vão me aplaudir. Qualidade eu tenho para trabalhar com o melhor treinador do Brasil. Não estou no Atlético à toa, estou desde a base. Tenho que trabalhar e ajudar o Atlético em campo”, afirmou.
Nas cinco rodadas do Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo promoveu diversas mudanças no setor defensivo. O goleiro Aranha perdeu a condição de titular após duas rodadas e Marcelo assumiu a camisa 1. Na lateral direita, Coelho, Carlos Alberto, que já deixou o Atlético, e Diego Macedo já foram utilizados. Pela esquerda, Júnior e Leandro se revezam entre os 11 titulares.
A derrota para o Fluminense marcou a reestreia do zagueiro Lima pelo Atlético após três anos. Ele foi o escolhido para a vaga do equatoriano Jairo Campos, que cumpria suspensão automática, e atuou ao lado de Werley, único jogador de defesa a atuar nas cinco rodadas.
Outra opção testada na zaga foi o paraguaio Benítez, que formou com Jairo Campos e Werley a formação em três zagueiros na goleada sofrida diante do Grêmio Prudente. Porém, Luxemburgo abdicou do esquema 3-5-2 ainda na primeira etapa daquela partida.
Para Werley, as constantes mudanças na defesa e uma possível falta de entrosamento não podem ser atribuídas como uma das causas do alto número de gols sofridos.
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