23/07/2010 - 07h01

Antídoto para crise no gol atleticano, Fábio Costa tem início complicado

Do UOL Esporte

Em Belo Horizonte

Goleiro Fábio Costa enfrenta problemas em seus primeiros jogos pelo Atlético-MG no Brasileirão

Contratado como solução para o crônico problema do gol da equipe, o experiente Fábio Costa fez apenas três jogos oficiais com a camisa 1 do Atlético-MG, mas o seu início tem sido marcado pela mesma dúvida que atingiu os candidatos anteriores. O ex-goleiro santista sofreu cinco gols nessas partidas, sendo que em dois deles é acusado de ter falhado.

Em sua estreia oficial, na vitória sobre o Atlético-GO, por 3 a 2, na semana passada, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o goleiro reconheceu ter falhado no segundo gol do xará goianiense, marcado por Rodrigo Tiuí. Fábio Costa saiu da grande área para tentar cortar o lançamento, não conseguiu e deixou o atacante adversário entrar livre na área e só tocar a bola para as redes.

No segundo gol marcado por Alecsandro, na vitória do Internacional, por 2 a 1, na quarta-feira, no mesmo estádio, Fábio Costa também teria falhado ao disputar com o pé, o lance contra o atacante da equipe gaúcha, que levou a melhor e fez o gol que derrotou, pela sétima vez, em 10 jogos o time atleticano.

Ao contrário do que aconteceu diante do Atlético-GO, Fábio Costa não considera que tenha cometido erros nos gols marcados pelo Internacional. “Não adianta ficar buscando culpados ou criando fantasmas. O time não vive um bom momento, mas tem elenco suficiente para brigar pelo título. Temos que buscar minimizar os erros”, afirmou o camisa 1. “O importante é você não fugir das suas responsabilidades. Eu sei o que as pessoas esperam de mim. Estou procurando dar o meu máximo”, acrescentou.

O preparador de goleiros do Atlético-MG, Eduardo Bahia, concorda com o camisa 1, ao dizer que não viu falha em nenhum dos dois gols do Internacional. Segundo ele, foi mérito do autor. “O Alecsandro é um atacante muito rápido e eficiente no que faz”, ressaltou.

Desde 2007, quando Diego Alves se transferiu para o Almería, da Espanha, o Atlético-MG não conseguiu se firmar com nenhum goleiro. Edson, que era prata da casa, e Juninho, que já havia passado por vários clubes, incluindo o rival Cruzeiro, foram as tentativas feitas até o início do Brasileiro de 2009, quando depois de se revezarem na posição, ambos perderam espaço e acabaram deixando o clube.

Aranha, atual reserva imediato de Fábio Costa, foi contratado e assumiu a condição de titular sob o comando de Celso Roth. Ele se contundiu e deu vez a Bruno, outro goleiro formado nas divisões de base atleticanas, que falhou sucessivamente. O Atlético recorreu a um goleiro estrangeiro, o uruguaio Carini, ex-titular da seleção de seu país.

No começo desta temporada, Vanderlei Luxemburgo chegou a fazer um rodízio na posição, entre Aranha e Carini. O uruguaio chegou a ser efetivado como titular, mas perdeu o posto para o ex-goleiro da Ponte Preta. Mais uma vez a solução foi contratar outro jogador. A aposta na ocasião foi Marcelo, que entrou no time na terceira rodada, estreando na vitória sobre o Atlético-PR, por 3 a 1.

Marcelo foi titular por apenas quatro jogos, período em que levou 10 dos 21 gols sofridos pelo Atlético-MG no Brasileirão deste ano, o suficiente para a volta de Aranha. Fábio Costa foi então contratado e foi preparado durante a intertemporada para assumir a camisa 1.

Marcelo e Carini estão fora dos planos de Luxemburgo. O terceiro goleiro atleticano é o jovem Renan Ribeiro, que tem passagens por seleções brasileiras de base, mas que, na opinião do treinador atleticano, ainda não está preparado para ser o titular da posição.

Dos três goleiros utilizados por Luxemburgo, até o momento no Brasileiro, a melhor média é de Fábio Costa, que foi vazado cinco vezes em três jogos (1,66 por partida), seguido de Aranha, com seis gols em três compromissos (2 por jogo) e Marcelo, com 2,5 por partida.