27/08/2010 - 09h01

São Paulo não consegue repetir escalação em 16 rodadas do Brasileirão

Rodrigo Mattos
Da Folhapress

Em São Paulo

Imagine um são-paulino que vai ao estádio, acompanha notícias em jornais, televisão e internet, discute o time no bar. Será ele capaz de escalar a equipe titular? Não. Nem os três técnicos do São Paulo neste Brasileiro sabem a formação ideal.

Em 16 rodadas, foram 16 times diferentes, com um total de 28 atletas usados. Há boas chances da rotina se manter contra o Fluminense -o atacante Ricardo Oliveira, lesionado, é dúvida.

Contratações, dispensas, má fases, contusões, mudanças táticas ou preferências dos treinadores levaram às alterações no time base. A primeira escalação tinha Marcelinho Paraíba, Léo Lima e Washington, todos já deixaram o clube.

O último time tinha Casemiro, Marcelinho, Ricardo Oliveira e Fernandão. Os dois primeiros eram da divisão de base no início do Nacional, quando os dois atacantes ainda não haviam chegado.

Mesmo quando tem o elenco intacto, os três técnicos que já dirigiram o São Paulo não acharam um time titular. Até porque a equipe já jogou no 3-5-2, 4-4-2 e 4-3-3.

Atual técnico, Sérgio Baresi usou três atacantes contra o Vasco, com a novidade da entrada de Marcelinho. Mas, antes, tinha promovido a estreia de Carlinhos Paraíba como titular no Nacional e fixara a dupla Fernandão e Ricardo Oliveira. Essas opções foram abandonadas.

“É sempre melhor repetir a escalação, dá maior entrosamento. Mas o Baresi chegou em um momento conturbado e tenta achar uma solução”, analisou Rodrigo Souto.

Com Ricardo Gomes, a rotação gerou atritos com Washington, que deixou o clube. Até agora não houve revolta. “Não sou um jogador polêmico. Vou ajudar o time se entrar só por cinco minutos”, explicou Fernandão, após o jogo com o Vasco.

Ele tem chance de começar atuando contra o Fluminense porque um exame constatou uma tendinite no joelho esquerdo do atacante Ricardo Oliveira.

“Não quero jogar meia-boca”, afirmou Oliveira, após a partida. “Acho que não é grave. É pela sobrecarga de jogos”, disse ele, que está sendo submetido a tratamento.

Pode vir então mais uma mudança. Ao analisar suas alterações, Baresi admitiu que o técnico se arrisca a cada alteração. Por enquanto, o risco não tem valido à pena para o São Paulo.