Após adeus de R. Gomes, São Paulo completa um mês da última vitória

Carlos Padeiro

Em São Paulo

Nesta terça-feira, o São Paulo completa um mês da última vitória pelo Campeonato Brasileiro. O triunfo ocorreu no dia 31 de julho, quando, sob o comando de Ricardo Gomes, a equipe tricolor ganhou por 2 a 1 do Ceará, no Morumbi.

JEJUM DE VITÓRIAS NO BRASILEIRO

8/8	Atlético-PR 1 x 1 São Paulo
15/8	São Paulo 2 x 2 Cruzeiro
22/8	Corinthians 3 x 0 São Paulo
25/8	São Paulo 0 x 0 Vasco
29/8	Fluminense 2 x 2 São Paulo

De lá para cá, os cartolas não acharam um treinador de peso. “Essa decisão tem de ser tomada com serenidade. Nesse momento, é difícil encontrar profissionais à disposição no mercado”, comentou o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes, na tarde da última segunda.

Pelo discurso da cúpula são-paulina, é pouco provável que um novo técnico seja anunciado nesta semana. Assim, a tendência é que Baresi continue no cargo contra o Atlético-GO, quinta-feira, e diante do Atlético-MG, domingo, no encerramento do primeiro turno do Brasileirão.

“Sempre deixamos claro que o Baresi é interino, e ele ficará no cargo enquanto trabalhamos em busca da melhor opção. O trabalho dele já surtiu efeito, a equipe mostrou confiança e ainda não venceu por detalhes dos jogos, exceto contra o Corinthians, que foi um desastre”, analisou Jesus Lopes.

Após o fiasco no clássico, a diretoria intensificou a busca por um profissional gabaritado, porém sem sucesso. O nome de consenso é Paulo Autuori, entretanto o técnico, campeão da Libertadores e Mundial em 2005, está vinculado ao Al-Rayyan, do Qatar, e a multa rescisória atrapalha o acerto.

“Sempre conversamos com o Autuori. Ele é um grande amigo e uma pessoa de muito respeito, mas no momento não pode voltar”, informou o diretor de futebol.

Outros nomes que surgiram nos bastidores foram os de Vanderlei Luxemburgo e Antônio Lopes, ambos empregados. Além disso, o presidentes de Cruzeiro, Zezé Perrella, e Atlético-MG, Alexandre Kalil, acusaram o São Paulo de assédio a Cuca e Luxemburgo, respectivamente. Os cartolas do clube paulista negaram o contato.

Enquanto isso, os jogadores adotam um discurso otimista e focam uma série de triunfos para sair da incômoda 15ª colocação, com 19 pontos.

“O pior momento já passou, logo depois da Copa e da eliminação na Libertadores. Todo mundo abaixa a cabeça e sente a desclassificação. Agora estamos começando a colher os frutos do trabalho. O time está mais compacto, com a marcação adiantada”, opinou o centroavante Fernandão, definindo como boas as atuações contra Vasco e Fluminense.