Meio-campo Renato Cajá vem negociando para não pagar o montante pedido pela Ponte Preta
A Ponte Preta cobra na Justiça do Trabalho que Renato Cajá pague uma indenização no valor de R$ 1, 14 milhão por conta de valores que não foram depositados após ele deixar o clube paulista para defender o Al-Ittihad, da Arábia Saudita. O meia do Botafogo recorreu da decisão para reaver essa condenação que ocorreu no início do mês de abril.
Mesmo com esse problema na Justiça, o jogador não corre o risco de precisar retornar para a Ponte Preta. O advogado do atleta, Bichara Neto, afirmou que aguarda o julgamento do recurso e esse risco já foi rejeitado.
“Essa história começou após ele retornar ao Brasil após defender o Al-Itihad. A Ponte pede essa indenização na Justiça, mas somos contra essa decisão e recorremos. Se o clube se sente prejudicado, deveria ir à Fifa. Estamos aguardando o julgamento. Essa possibilidade dele retornar para a Ponte foi rejeitado. Esse risco ele não corre”, explicou Bichara Neto, em entrevista à Rádio Brasil.
O advogado acredita que uma saída somente aconteceria em caso de acerto com outro clube. E o Botafogo já começa a se precaver. Segundo Bichara Neto, existe a possibilidade dos cariocas exercerem a cláusula de prorrogação de contrato.
“A saída só irá acontecer em caso de contratação por outro clube. Existe uma cláusula de prorrogação. O procurador até já iniciou uma conversa sobre o assunto com a diretoria”, disse.
O jogador foi condenado a pagar essa dívida porque após ser vendido para o Al Itihad, o clube árabe não depositou uma quantia referente a parcelas do passe de Renato. Dessa maneira, ele ficou obrigado a se apresentar ao clube paulista. Como isso não ocorreu, o caso foi parar na Justiça que acabou condenando o atleta a pagar indenização por perdas e danos.
No entanto, segundo o advogado do atleta, ele só precisaria retornar para seu clube de origem caso se tratasse de um empréstimo. Mas esse não foi o caso porque ele foi negociado em definitivo. “Esse pedido feito pela Ponte não é legal porque isso é contra o que diz a artigo 39 da Lei Pelé”, disse.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas