UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
08/09/2010 - 07h01

Novatos roubam a cena, mas Baresi é obrigado a escalar 8º meio-campo diferente

Paula Almeida
Em São Paulo

Aos poucos, o São Paulo de Sérgio Baresi vai ganhando forma. Um time mais eficiente nos passes, no ataque e na armação. A zaga ainda sofre com o número excessivo de gols sofridos, mas a capacidade de o time se controlar em campo diante de resultados negativos vem ganhando destaque.

FORMAÇÃO DO MEIO NA 'ERA BARESI'

Jovens Casemiro e Marcelinho têm sido destaque no meio-campo do São Paulo nos últimos jogos
Atlético-PR 1 x 1 São Paulo (3-5-2)
Rodrigo Souto, Cleber Santana e Marlos
São Paulo 2 x 2 Cruzeiro (4-4-2)
Casemiro, Cleber Santana, Carlinhos Paraíba e Marlos
Corinthians 3 x 0 São Paulo (4-4-2)
Cleber Santana, Casemiro, Rodrigo Souto e Marlos
São Paulo 0 x 0 Vasco (4-4-2)
Rodrigo Souto, Casemiro, Richarlyson e Marcelinho
Fluminense 2 x 2 São Paulo (3-5-2)
Rodrigo Souto, Marcelinho, Richarlyson
São Paulo 2 x 1 Atlético-GO (4-4-2)
Casemiro, Rodrigo Souto, Jorge Wagner e Marcelinho
Atlético-MG 2 x 3 São Paulo (4-4-2)
Richarlyson, Rodrigo Souto, Casemiro e Marcelinho

Mas um dos problemas encontrados pelo treinador tem sido dar sequência ao time, sobretudo no meio-campo. Nesta quarta-feira, às 22h, o São Paulo entra em campo no Morumbi para enfrentar o Flamengo e virá com sua oitava formação distinta de meio-campo, em oito jogos comandados pelo ex-treinador da base tricolor.

Seja por lesões ou por suspensões, Baresi ainda não conseguiu repetir o quarteto de meio-campo em nenhuma partida. Ao todo, nove jogadores já assumiram vagas no setor, sendo que Rodrigo Souto é o mais freqüente deles com seis aparições.

Vale ressaltar que o desenho com quatro homens no meio-campo é relativamente recente no São Paulo. Apesar de tentar mudar o esquema, Ricardo Gomes acabou aderindo ao 3-5-2 neste ano, compondo o meio com dois volantes e um jogador de armação. A volta ao 4-4-2, esquema raro no time nos últimos anos, coincidiu com a chegada de Baresi e as saídas do polivalente Hernanes (transferido para a Lazio) e de Alex Silva (zagueiro que ainda se recupera de uma cirurgia).

Após tantas mudanças, Baresi pareceu ter encontrado a formação de meio ideal no último jogo, vitória sobre o Atlético-MG. O desenho era composto por Richarlyson, Rodrigo Souto, Casemiro e Marcelinho.

Com a suspensão de Casemiro, que levou o terceiro amarelo, Baresi terá de mudar mais uma vez. Ao que tudo indica, o técnico trocará seu jovem volante pelo veterano Jorge Wagner. Entretanto, se deslocar Richarlyson para a esquerda, Cleber Santana ou Carlinhos Paraíba também podem aparecer entre os titulares.

Entre tantas mudanças, a eficiência do meio-campo são-paulino tem sido puxada pelas boas atuações dos novatos. Silenciosamente, Casemiro virou uma referência nos desarmes. Em cinco jogos sob comando do novo técnico, o volante roubou 91 bolas, virando o maior “ladrão” da era Baresi com média de 18,2 desarmes por jogo.

Já Marcelinho começa a se acostumar com o papel de armador do time. “Novo Hernanes” do time, já é um dos jogadores mais acionados da equipe e ainda aparece com frequência no ataque, finalizando quase três vezes por partida.

“Quando ele chegou, a maioria já dizia que ele seria um jogador diferente. E realmente ele está muito seguro, confiante, parte pra cima, é rápido e também ajuda na marcação”, comentou o zagueiro Renato Silva, resumindo Marcelinho como quase todos os outros companheiros têm feito.

Impetuoso, o meia sabe que seu maior problema ainda é prender demais a bola. “Eles [outros jogadores] conversam comigo, que tem que saber a hora de ir pra cima e a hora de cadenciar. Eu escuto e procuro absorver”, afirmou Marcelinho. “Minha hora chegou, e eu tenho que aproveitar”.

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