Em transição até no nome, Lucas mora no CT e aguarda valorização

Carlos Padeiro

Em São Paulo

A partir de 8 de agosto, dia em que fez a sua estreia no time profissional do Sâo Paulo, Lucas viveu uma mudança repentina no mundo do futebol. O auge ocorreu após ele brilhar no clássico do último domingo, quando marcou um gol e deu assistência para outro na vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras.

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O jovem até passa por um processo de mudança de identidade, já que deixou de lado o apelido Marcelinho para adotar o seu nome de batismo.

De resto, a rotina fora de campo pouco se alterou, exceto no assédio de fãs para fotos e autógrafos. O atleta de 18 anos continua morando no CT da Barra Funda, longe de seus pais, e recebe aproximadamente R$ 10 mil mensais, valor pago pelo clube tricolor aos garotos promovidos da base. É um salário alto para o padrão de vida dos brasileiros, mas baixo para jogadores de times grandes.

A diretoria não fala em valorização de salário, ao menos por enquanto. "Veremos isso daqui a pouco, pode ser no fim do ano. Qualquer intervenção agora pode não ser boa. Mas é um procedimento normal", explicou o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.

"Tenho certeza que na hora certa, considerando o bom futebol apresentado por ele, o São Paulo vai chamar para conversar. Foi assim com o Kaká e com o França no passado", comentou Wagner Ribeiro, empresário do meia-atacante.

"Depois que houver esse aumento, ele vai comprar uma casa perto do CT da Barra Funda", completou o agente, que também administra a carreira de Neymar - ele frequentemente é criticado por clubes devido à sua interferência para negociar jovens promessas.

Ribeiro diz não ter recebido sondagens de equipes do exterior para levar Lucas. "Não aconteceu, porque o mercado lá fora está fechado. O nosso projeto é que ele seja titular do São Paulo neste ano, vá para a seleção brasileira no ano que vem, depois seleção olímpica, Olimpíadas de 2012 e Copa de 2014", revelou.