23/09/2010 - 17h47

Edno critica o gramado do Engenhão e diz que é melhor atuar fora de casa

Pedro Ponzoni

No Rio de Janeiro*

O gramado do Engenhão recebeu críticas do meia-atacante Edno após o treino desta quinta-feira

Com o fechamento do Maracanã, o Engenhão passou a ser o principal estádio do Rio de Janeiro. Desta maneira, o local tem recebido mais jogos na temporada. Uma das consequências tem sido a queda da qualidade do gramado. Nesta quinta-feira, Edno não poupou críticas ao campo e chegou a dizer que no momento é melhor atuar fora de casa.

O meia-atacante do Botafogo afirmou que o campo está duro e os atletas estão propensos a se lesionarem. Somado a isso, disse que o Engenhão está pior que o estádio dos Aflitos. A casa do Náutico já foi criticado por muitos jogadores.

“Está difícil e complicado atuar lá. O gramado está duro. Particularmente, saio de campo com dores no joelho por conta disso. Alguns jogadores também estão sentindo. Eu sei que em alguns lances vão falar que até uma vó ou seus filhos iriam marcar o gol. Mas não é bem assim. É diferente jogar no Pacaembu ou Morumbi”, avaliou Edno, emendando.

“É melhor jogar fora de casa porque os outros times têm estádios melhores que o nosso. Quando o campeonato encerrar, o gramado precisa ser acertado. Não pode um estádio bonito e moderno como o nosso ter um gramado pior que o do Náutico. Com todo respeito ao Náutico, mas nosso campo está com buracos, duro e com areia por baixo”, disse.

Edno chegou a dizer que comentou sobre o fato com o restante do grupo e a diretoria. No entanto, demonstrou conformismo com a situação.

“Comentamos sobre isso entre nós jogadores e a diretoria. Porém, não tem muito o que fazer. Faltam pouco mais de dois meses para o Brasileiro acabar. Isso precisa ser salientado. Os jogadores precisam estar bem fisicamente e tecnicamente, mas o gramado precisa estar em perfeitas condições”, encerrou.

Empresa responsável por gramado anuncia investimento de R$ 130 mil

A empresa responsável pelo campo do Engenhão anunciou nesta terça-feira que irá fazer um investimento de R$ 130 mil em aparelhagem para tratar a grama.

"Já havia um processo forte de adubação, mas como era inverno e Botafogo e Duque de Caxias jogavam lá, o gramado sentia mais. A reclamação de que está duro é porque está compactado. Com os novos equipamentos, vamos torná-lo mais macio e melhorar a qualidade", diz o engenheiro-agrônomo Paulo Antônio Azeredo Neto, da empresa, explicando que a próxima semana será benéfica.

"Teremos uma pausa de cinco dias sem jogo, então poderemos fazer o replantio nas áreas, que são os locais mais sacrificados. A primavera, com temperatura mais alta e dias mais longos, também ajuda. Estamos trabalhando forte e a tendência é melhorar", completou, em entrevista ao site oficial do Botafogo.

O profissional explicou ainda que o gramado sofreu uma troca no final do ano passado. No entanto, ele defende a tese que houve pouco tempo para deixá-lo boas condições. Ele acredita que em 2011 haverá mais tranquilidade e tempo para investir.

*Atualizada às 18h15