UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
27/09/2010 - 20h51

Após temer fama de 'chinelinho', Carleto usa Careca como exemplo

Carlos Padeiro
Em São Paulo
  • São-paulinos que apoiaram Carleto lhe disseram que Careca também conviveu com lesões no início

    São-paulinos que apoiaram Carleto lhe disseram que Careca também conviveu com lesões no início

Contratado em fevereiro para reforçar a lateral esquerda do São Paulo, Thiago Carleto disputou no último sábado a sua segunda partida oficial com a camisa tricolor. O motivo para o longo período longe dos gramados foram as seguidas lesões na perna esquerda.

O jovem de 21 anos admitiu, na tarde desta segunda-feira, que ficou receoso de ser chamado de ‘chinelinho’, fama atribuída a atletas que vivem no departamento médico.

“Nunca tinha me machucado, não sabia nem fazer gelo, e não sei o que aconteceu quando cheguei aqui. O pessoal do Reffis me ajudou, e a minha maior preocupação era o que as pessoas iriam pensar, um menino de 20 anos marcado por tantas lesões. Tive respaldo de todos, a diretoria me procurou e pediram paciência para eu me tratar. Citaram o Careca, que ficou um ano sem jogar com lesões, se machucando e depois virou um ídolo. Isso me confortou bastante”, revelou Carleto, após treino no CT da Barra Funda.

O centroavante Careca demorou cerca de dois anos para ganhar destaque no São Paulo, justamente por conta de uma séria de contusões. Ele chegou ao Morumbi em 1983, depois de faturar o Brasileiro de 1978 pelo Guarani. Em 1985, foi campeão paulista e no ano seguinte ganhou o Brasileiro, no time que recebeu o apelido de Menudos.

“É uma parte na minha vida que está superada. Vou ter um filho, minha mulher ficou grávida e eu tinha acabado de operar. Isso me motivou. Vou correr para dar sustento ao meu filho”, acrescentou o lateral. Ele passou por uma artroscopia no joelho, durante o primeiro semestre. Depois sofreu uma lesão no mesmo joelho e mais recentemente teve um problema muscular na coxa.

Contra o Goiás, no último sábado, apesar da derrota por 3 a 0, Carleto teve uma boa atuação. Foi quem mais finalizou a gol (sete vezes), porém parou na atuação inspirada do goleiro Harlei.

“Depois que acaba o treino, fico chutando. É um dom que Deus me deu, e espero tirar proveito da bola parada. Nessa fase que precisamos reverter a situação, talvez uma bola parada faça a diferença”, comentou o camisa 26 tricolor.

Carleto tem chances de permanecer entre os titulares, porque Jorge Wagner recebeu o terceiro amarelo e não encara o Grêmio na quarta-feira, às 22h, no estádio Olímpico. Assim, Richarlyson, que volta após cumprir suspensão, atuaria como volante.

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