03/10/2010 - 07h03

Baresi tem aproveitamento melhor que R. Gomes, mas admite 'instabilidade eterna'

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Sérgio Baresi vive uma situação nada confortável no comando do São Paulo. Alvo frequente de críticas por parte da imprensa, foi motivo de insatisfação até da cúpula tricolor e tem o cargo ameaçado. Os números, no entanto, mostram que seu aproveitamento no Campeonato Brasileiro é superior ao de seu antecessor Ricardo Gomes. Ainda assim, ele admite que nunca se sentiu estável como técnico do clube.

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Ao menos no torneio nacional, Baresi apresenta números mais vantajosos. Em 14 jogos, foram cinco vitórias, quatro empates e cinco derrotas, o que representa um aproveitamento de 45,2%.

Já Ricardo Gomes teve campanha pouco inferior nos 12 jogos à frente do time tricolor neste campeonato. Ele assistiu a quatro vitórias, três empates e cinco derrotas do banco de reservas, o que garantiu um rendimento de 41,7%.

Ricardo Gomes também sofreu com as críticas antes mesmo da eliminação na Copa Libertadores, mas a diretoria manteve a palavra e cumpriu seu contrato até o fim.

Com o interino não aconteceu o mesmo. Baresi chegou a ganhar moral com uma boa sequência de resultados e foi bancado para ficar até o fim do ano. Mas bastou uma série de três jogos sem vencer, duas derrotas (Goiás e Grêmio) para ser ainda mais questionado. O empate sem gols contra o Avaí na Ressacada pode ter aumentado ainda mais a desconfiança.

Na última quinta-feira o presidente Juvenal Juvêncio demonstrou publicamente insatisfação com seu trabalho. O mandatário tricolor disse ainda que está à procura de um novo técnico ainda para este ano.

Baresi admite que vive a pressão todos os dias e ainda não se estabilizou. “Estamos trabalhando assim desde o primeiro dia em que assumi. Quando temos resultado a pressão diminui. Quando não temos, aumenta. Em nenhum momento me estabilizei. Quando o presidente fala isso, está no direito dele. É o responsável maior de uma grande equipe e tem todo o direito. Em nenhum momento baixei a cabeça. Ao contrário. Isso nos fortalece, não pode ser diferente”.