UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
06/10/2010 - 07h12

"Auxiliar" de Joel, Lucio Flavio afirma que não pretende ser técnico

Pedro Ponzoni
No Rio de Janeiro

Com a lesão de Maicosuel, Lucio Flavio retornou ao time titular do Botafogo. O meia, no entanto, demonstrou que pode ser útil no período em que ficou no banco de reservas. Isto porque, por conta de sua experiência ele passou a ajudar o técnico Joel Santana com sua privilegiada visão de jogo.

O próprio comandante chegou a fazer muitos elogios a postura profissional do capitão alvinegro. Mesmo tendo trabalhado como “auxiliar”, Lucio Flavio afirmou que nem pensou na possibilidade de ser técnico quando encerrar sua carreira como jogador profissional.

“Por enquanto, penso somente em ser atleta. Nem pensei na possibilidade de ser técnico um dia. De qualquer forma, desde que o Joel chegou ele sempre teve boa relação comigo. O fato de eu exercer uma liderança no grupo acabou ajudando porque eu tenho um bom conhecimento sobre o grupo”, afirmou Lucio, emendando.

“Quando fiquei banco ajudava com algumas observações. Pelo tempo que eu tenho de clube, ele acaba tendo confiança em mim”, disse.

O meia também destacou que o período no banco serviu para observar algumas situações de campo que não tinha como se atentar porque semrpe estava em campo. Ele reconheceu que ficou insatifeito quando estava sendo aproveitado, porém, procurou manter a mesma postura para poder acrescentar valor ao time quando fosse lembrado.

“Por conta do período maior sem jogar passei a observar algumas coisas que não tinha como pereceber pois estava sempre em campo. Mesmo sem jogar procurei manter minha conduta para que todos que fazem parte do grupo percebessem isso. É claro que qualquer jogador fica insatisfeito quando está fora do time. Porém, procurei sempre respeitar as opções do nosso treinador”, revelou.

Demonstrando uma postura diferente de boa parte dos atletas profissionais, Lucio Flavio reconheceu que seus colegas não recebem bons olhos quando precisam ficar no banco de reservas. Em sua visão, no futebol europeu é mais evoluído nesse sentido porque possui mais jogadores com boa qualidade.

“Os jogadores precisam ficar atentos porque a oportunidade pode aparecer em caso de suspensão ou lesão de algum companheiro. Acho que no futebol brasileiro, os jogadores estão engatinhando nesse sentido. É difícil aceitarem a condição de reserva. Acho que isso está mudando porque os clubes tentam montar grupos de qualidade. Na Europa, os atletas recebem essa situação com mais naturalidade. Acho que isso ocorre por conta do maior poder aquisitivo e, consequentemente do maior número de jogadores de nome”, encerrou.

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