12/10/2010 - 07h00

Andrés assume 'ônus' de escolher técnico e veta responsabilizá-lo por resultados

Renan Prates

Em São Paulo

Presidente Andrés Sanchez explica a saída de Adilson Batista e a procura por novo treinador

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Com a demissão do técnico Adilson Batista, a contratação de um novo treinador passou a ser assunto obrigatório no Corinthians. O presidente do Corinthians Andrés Sanchez assumiu o ônus da escolha e descartou responsabilizá-lo tanto por perda quanto por conquista de título brasileiro.

“Esse ônus [da escolha] é meu. Eu procuro, eu negocio, eu falo”, declarou o presidente, que adiantou também que não irá consultar os jogadores para saber que técnico deverá escolher.

“Não converso com jogador para contratar treinador. Se com dois é difícil ter unanimidade, imagine com 32”, declarou Andrés. “Tenho inteligência para saber como é meu grupo e para saber que tipo de treinador meu grupo aceitaria”.

Mas o zagueiro e capitão William desmentiu o presidente Andrés Sanchez ao confessar que ele costuma ouvir sim a opinião dos jogadores sobre a escolha de um novo treinador para o Corinthians.

“O Andrés tem a experiência de diretor de futebol. Ele pergunta, troca ideia, fala em nome...a gente tenta achar um consenso em relação ao nome que possa ajudar nesse momento, mas a última palavra é sempre da diretoria”, explicou William. “Existem cinco ou seis jogadores que o Andrés tem mais liberdade. Cada um fala de um nome, a diretoria vai avaliar”.

Independente de escutar ou não os jogadores, o presidente do Corinthians procurou deixar claro que não irá responsabilizar o futuro treinador pelos resultados obtidos no restante do Brasileirão. Na visão de Andrés, esta responsabilidade cabe a diretoria e aos jogadores.

“Pode vir o treinador que for. Não vai ser ele que vai ser campeão ou perder título. Hoje a responsabilidade é da diretoria ou dos atletas. O treinador que vier nem vai ser vilão se perder o título nem vai ser herói se for campeão”.