UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
22/10/2010 - 07h05

Números explicam campanhas opostas dos rivais mineiros no Brasileirão

Bernardo Lacerda e Gustavo Andrade
Em Vespasiano (MG) e Belo Horizonte
  • Posição na tabela não é a única diferença entre Cruzeiro e Atlético-MG no Brasileirão

    Posição na tabela não é a única diferença entre Cruzeiro e Atlético-MG no Brasileirão

O clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, no próximo domingo, às 18h30, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, marcará o encontro entre duas equipes que, além de posições bastante diferentes, apresentam números igualmente distintos ao longo do Campeonato Brasileiro.

A primeira grande diferença entre os rivais é a situação de ambos na competição. Enquanto o Cruzeiro está na parte de cima da tabela, na primeira colocação, com 54 pontos, brigando para ser campeão, o Atlético está na parte de baixo, em 17º lugar, com 31 pontos e lutando contra o rebaixamento.

Já nos números, a situação de ambos também é bem diferente. Enquanto o Cruzeiro é dono da melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com apenas 12 gols sofridos em 30 jogos, média de 0,40 por jogo, o Atlético contrasta com o pior sistema defensivo da competição, com 51 gols levados, no mesmo número de jogos do rival, média alta de 1,7 gols por partida.

As diferenças não ficam aí. A equipe comandada pelo técnico Cuca, ao lado do Fluminense, são os que mais venceram entre os 20 representantes do Brasileirão, 15 vezes cada. Já o time comandado pelo técnico Dorival Júnior, conquistou os três pontos apenas nove vezes e é o que mais triunfou entre os quatro últimos colocados.

Por outro lado, o alvinegro mineiro ostenta a marca negativa de ser o time com maior número de derrotas entre os 20 participantes do Campeonato Brasileiro. A equipe perdeu 17 vezes. Já o Cruzeiro, é o segundo clube, junto com o Palmeiras, com menos derrotas na competição, seis vezes cada. Quem lidera neste posto é o Botafogo, com cinco insucessos, mas quem mais empatou, 15 vezes.

Durante os jogos da competição nacional, alguns números se assemelham. Os dois rivais estaduais ficam quase empatados na quantidade de desarmes, de acordo com levantamento do Datafolha. O Atlético desarma 109,1 vezes por partida, já o Cruzeiro 109,8. Já nos impedimentos, também existe igualdade, 2,5 vezes para cada lado.

O técnico celeste, Cuca, reconhece que os números do Cruzeiro nas 30 primeiras rodadas do Brasileiro são bons. “Não dá muito para levar em consideração, foi só um jogo. Nossos números, da comissão técnica desde que chegou, são bons. Está bom e que Deus abençoe que continue assim até 5 de dezembro”, disse.

Já o volante cruzeirense, Marquinhos Paraná acredita que as duas equipes não são parecidas. “As vitórias que consegui com meus companheiros já passaram. É outro jogo, outra situação. O Cruzeiro está lá acima, o Atlético abaixo, mas não tem nada a ver, é um jogo diferenciado”, observou.

Do lado atleticano, o também volante, Zé Luís reconhece que o Cruzeiro leva a melhor por atuarem juntos há mais tempo, mas o jogador alvinegro não considera que exista uma grande diferença técnica entre os dois rivais, mesmo ambos vivendo momentos tão diferentes na competição.

“Clássico é complicado, jogo diferente, rivalidade é muito grande, por mais que o Cruzeiro esteja em uma situação boa, jogam juntos há muito tempo, eu não vejo tanto assim uma diferença técnica, por mais que eles sejam fortes, a gente também tem qualidade. Vai ser um clássico complicado”, disse Zé Luís.

Para o lateral-esquerdo Leandro, que já jogou no Cruzeiro, em 2003, em se tratando de clássico, com números iguais, ou diferentes, os rivais dentro de campo sempre se equivalem. “Clássico não tem favorito. Boa equipe, jogadores de qualidade, mas nós também temos. É preciso preocupar com todo o time deles e eles sabem que se vacilarem, podemos sair com resultado positivo”, observou.

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