04/11/2010 - 07h05

Carpegiani e Tite apagam crises, e São Paulo x Corinthians vira decisão

Do UOL Esporte

Em São Paulo

Se a confiança de são-paulinos e corintianos para o clássico de domingo, às 17h, é a melhor possível, dois personagens têm grande parcela de contribuição. Os técnicos Paulo César Carpegiani e Tite assumiram os rivais paulistas em crise durante o mês de outubro e deram uma nova cara às equipes. Por isso, o duelo válido pela 34ª rodada do Brasileirão virou alvo de metas ambiciosas.

CORINTHIANS GOLEIA O AVAÍ POR 4 A 0

O time alvinegro visita o Morumbi de olho na liderança. Soma 57 pontos, um a menos do que o líder Fluminense, que encara o Vasco no Engenhão, também no domingo.

Já o tricolor atingiu os 50 pontos e segue vivo na disputa por uma vaga na Libertadores de 2011 – está a sete pontos do G-3 e a quatro do G-4, que volta a ter validade caso um clube brasileiro não ganhe a Copa Sul-Americana.

A campanha de Carpegiani impressiona. Quando o técnico de 61 anos chegou, a distância para o G-3 era de 13 pontos. Em seis partidas, o São Paulo ganhou cinco e ressuscitou no certame.

“Nosso time é bom, tem talento e é ousado. Não gosto muito de dar méritos ao treinador, mas tenho de tirar o chapéu para o Carpegiani. Não preciso puxar o saco de ninguém, já estou no fim da carreira, mas ele é diferenciado. É mais quem um técnico, é um amigo que tenho", elogiou Rogério Ceni, após o triunfo por 2 a 0 sobre o Cruzeiro em Uberlândia, na noite da última quarta-feira.

SÃO PAULO BATE O CRUZEIRO FORA: 2 X 0

“Domingo é hora de entrar em campo e tentar ser melhor que o adversário. Vencer acima de tudo, que é o que nos resta”, completou o capitão.

Do outro lado, Tite apagou o incêndio que ganhou força quando o Corinthians ficou sete partidas sem vencer e caiu de primeiro para terceiro lugar. O treinador desembarcou no Parque São Jorge, obteve duas vitórias e um empate e recuperou o ânimo dos alvinegros.

A receita para o sucesso, como gosta de enfatizar o próprio treinador, foi simplificar as coisas.

A favor dos corintianos pesa um tabu de 44 meses sem perder para o rival do Morumbi. O último revés no clássico Majestoso ocorreu em fevereiro de 2007.

“Não vejo nenhuma vantagem. É passado. Já passou. Futebol é agora, é hoje. Estamos felizes pela vitória, mas já pensando no clássico. Não acredito [em retrospecto]. Acredito sim nas duas equipes, que atingiram maturidade. Têm muitos outros aspectos que interferem”, apontou Tite, minutos depos da goleada por 4 a 0 sobre o Avaí, no Pacaembu.