UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
Wallace Teixeira/Photocamera

Tartá sai para comemorar após anotar o gol da vitória tricolor no grande clássico

08/11/2010 - 16h21

Depois do ostracismo, Tartá agradece volta ao Flu ao seu 'padrinho' Fred

Marlos Bittencourt
No Rio de Janeiro

Foram seis meses de quase ostracismo no Atlético-PR e mais alguns meses sem ter qualquer oportunidade no Fluminense, depois que retornou de empréstimo às Laranjeiras. Mas Tartá, apadrinhado de Fred, teve apoio incondicional do amigo e atacante para deixar Curitiba e voltar ao Rio de Janeiro, onde está se reencontrando novamente no futebol.

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    Ao lado de seu pai, Tartá fala sobre o seu momento no Tricolor

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    O gol de Tartá contra o Vasco manteve o Fluminense na ponta

“Enquanto estive no Atlético-PR telefonava para Fred quase todos os dias querendo saber como estavam as coisas no Rio e no Fluminense. Eu queria voltar e perturbei muito a vida dele. Fred é um bom padrinho, posso assegurar isso. É o nosso líder e o time sempre ficará mais forte com ele em campo”, revelou Tartá, falando com carinho do amigo.

Tartá está na crista da onda depois de três jogos: num deles sofreu um pênalti que salvou o Fluminense de derrota para o Atlético-PR, no outro foi muito elogiado pelo técnico Muricy Ramalho após o empate em 0 a 0 com o Internacional e tocou o céu ao marcar o gol sobre o Vasco, vitória por 1 a 0, que manteve a equipe na liderança do Brasileiro, com 61 pontos.

Nesta segunda-feira, o meia-atacante foi o centro das atenções na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde concedeu entrevista. Apesar de a carreira parecer ter decolado em voo supersônico, ele corre o risco de voltar para a reserva contra o Goiás, no domingo, na 35ª rodada da competição. Isso porque o “padrinho”, recuperado de lesão, deverá voltar.

“Quero que ele volte o mais rapidamente possível. Eu ficar chateado porque se Fred voltar vou para a reserva? Bem, não sei se vou sair. Até agora não saí. Mas, se ele voltar, ficarei muito feliz. Quero que Fred retorne ao time porque estamos lutando pelo título e ele faz a diferença nas partidas”, afirmou Tartá.

Na companhia do pai, Alcimar Soares, 45 anos, Tartá demonstrou gratidão àqueles que o ajudam. Em 2008, o meia-atacante subiu para o time profissional pelas mãos do técnico Renato Gaúcho (atualmente no Grêmio).  Tartá se emocionou ao falar sobre o antigo treinador e o considerou um ser divino na sua vida.

“Eu e a minha família somos muito gratos a Renato Gaúcho. Tenho por ele um carinho especial e jamais vou esquecê-lo. Ele é um anjo que Papai do céu mandou para mim. Renato foi importante na minha vida porque me ensinou muito, devo a ele muita coisa”, disse Tartá.

Mas foi Alcimar Soares quem fez a grande revelação: o pai de Tarté disse, sem qualquer sentimento de raiva ou ciúme, que o filho chama Renato Gaúcho de pai. Alcimar não critica a decisão do filho e lembra que o treinador ainda tem a sua chancela para puxar a orelha do “filho” se sair do caminho que ele considera o mais correto.

“Ele chama Renato Gaúcho de pai, de segundo pai, de paizão. Renato ajudou muito a meu filho, Vinícius. Sempre seremos muito gratos a Renato Gaúcho, que sempre deu força para a gente. E digo para o meu filho que Renato pode chamar a atenção dele se for necessário”, afirmou Alcimar, que não chama o filho pelo apelido, mas pelo nome de batismo.

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