O pênalti assinalado contra o Corinthians no empate diante do Vitória, 1 a 1, ainda não foi digerido pela diretoria alvinegra e serviu como argumento para o clube paulista se considerar perseguido pelos juízes. O diretor de futebol Mário Gobbi alega que a maioria das falhas dos árbitros se deveu por pressão de torcedores e clubes rivais, citando o pênalti cometido por Ralf. Ele lista erros da arbitragem cometidos contra o clube no Brasileiro.
1 - Os dois gols que Ronaldo marcou contra o Guarani. Anulados. Jogo terminou empatado: 0 a 0.
2 - Pênalti em Ralf contra o Vitória. Corinthians alega não ter havido intenção.
3 - Pênalti não assinalado no gremista Jonas contra o Fluminense, no Engenhão
4 - Gol do vascaíno Zé Roberto contra o Corinthians, o primeiro do jogo (2 a 0). Clube paulista pediu impedimento.
5 - Gol marcado pelo Ceará contra o Cruzeiro, mas anulado pela arbitragem. O jogo estava 1 a 0 para o time mineiro. O Cruzeiro venceu por 2 a 0.
“Um erro ou uma dúvida que beneficie o Corinthians é um ‘carnaval’, e o que nos prejudica não é nada. Isso é irritante para nós. Temos que pagar esse mico preto. Ver juízes pressionados contra nós é inadmissível. Tudo tem limite. O negocio é montar o picadeiro. Erraram contra nós de batelada e nós aguentamos”, criticou o diretor, negando utilizar a tática de pressionar a arbitragem para as rodadas finais do Brasileiro.
O Corinthians diz ter sido vítima do apito no Brasileiro. O clube aponta os dois gols marcados por Ronaldo contra o Guarani, em Campinas, mas anulados pela arbitragem, além de um pênalti cometido pelo Fluminense no atacante Jonas, do Grêmio, em partida disputada no Engenhão e vencida pelo time carioca por 2 a 0.
“Montaram o circo em uma semana [desde quando foi marcado pênalti em Ronaldo, contra o Cruzeiro]. E o Corinthians sofre. Nós já sabíamos que ia acontecer. O Simon é nota 10. Mas ele também sofre essa pressão em querer apitar para mostrar que não está ajudando o Corinthians. Seria assim também se fosse com o Pedro, com o João”, prossegue Gobbi.
A reclamação de Gobbi se alinha ao discurso de Tite. O treinador critica a tentativa de clubes e torcidas rivais de pressionarem a arbitragem, fazendo com que os juízes tenham receio de marcar lances favoráveis ao Corinthians.
“Eu não tiro uma palavra daquilo que eu disse após o jogo contra o Vitória”, reiterou Tite.
Indagado sobre outros lances polêmicos ocorridos no Barradão, como o gol anulado marcado por Júnior e um suposto pênalti cometido pelo goleiro Julio Cesar, o dirigente evitou se aprofundar na resposta.
“Eu não vi o lance depois [na TV], mas a primeira sensação é de que estava em impedimento”.
“Do Julio Cesar eu também não vi. Se foi pênalti teria que ser marcado”, acrescenta.
Conheça a carreira de mais de 10.000 atletas