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William diz que Flu e Cruzeiro também podem oferecer prêmios. Código proíbe prática

01/12/2010 - 12h14

Capitão corintiano pede legalização da mala branca, mas nega prêmio ao Guarani

Bruno Thadeu
Em São Paulo

O Corinthians evita falar em premiação para o Guarani até porque sabe que qualquer menção ao tema pode sofrer fortes retaliações do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Mas a mala branca se tornou o principal assunto nesta rodada final do Brasileiro. Favorável à “legalização” de incentivos a terceiros, o capitão do time, William, conta que desconhece a existência de contatos com a diretoria bugrina para o oferecimento de dinheiro.

CLUBE QUER ARTILHEIRO ARGENTINO

  • Site oficial/Vélez Sarsfield

    O Corinthians avalia que o mercado nacional está inflacionado e busca reforços na América do Sul para a disputa da Libertadores. O UOL Esporte apurou que o olheiro do clube, Mauro, esteve na Argentina para observar três atletas de diferentes clubes. Artilheiro do Apertura, o atacante Juan Manuel Martínez, do Velez Sarsfield, é o nome visto como opção em caso de eventuais ausências de Ronaldo no ataque alvinegro para 2011.

O zagueiro diz que se criou uma imagem pejorativa do Corinthians, dando a impressão de que só o clube pode estar envolvido nisso. Cruzeiro e Fluminense também podem oferecer premiações extras a outras equipes, frisa William.

“Eu coloquei que muitos só falam do Corinthians, como se só o Corinthians fizesse. Não estou falando que eles irão fazer. A questão é que só estão focados no Corinthians. Mas se bate muito no Corinthians. Talvez porque repercute mais. Não se pode atrelar apenas ao Corinthians a mala branca, também ao Cruzeiro e Fluminense”, analisa.

Para conquistar o título, o Corinthians pontuar diante do Goiás, no Serra Dourada, e precisa de um tropeço do Fluminense diante do Guarani, no Engenhão.

Em entrevista ao jornal Lance, o lateral Moreno, do Guarani, informou que foi procurado por representantes do time do Parque São Jorge para incentivo financeiro. A diretoria alvinegra nega.

Caso seja confirmada a existência de “mala branca”, o clube que efetuou o pagamento pode até ser eliminado  do torneio, com multa variando entre R$ 100 a R$ 100 mil.

Conforme o Artigo 242, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, isso não é permitido: "dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta ou qualquer pessoa natural para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente".

William pede para que seja revista essa determinação do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

“Código desportivo proíbe qualquer tipo de incentivo, o que para mim é um erro. No vôlei o melhor jogador ganha prêmio da federação do campeonato. O melhor em Dubai ganhará um carro. Tudo que for incentivo por produção é válido. É preciso rever alguns pontos do código”.

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