UOL Esporte Brasileirão - Série A
 
01/12/2010 - 09h01

Na mira outra vez, Sul-Americana não é levada a sério pelo Atlético-MG

Bernardo Lacerda
Em Vespasiano (MG)
  • Obina diz que Sul-Americana passou a ser mais visada por garantir vaga na Copa Libertadores

    Obina diz que Sul-Americana passou a ser mais visada por garantir vaga na Copa Libertadores

Novo alvo dos jogadores do Atlético-MG, a Copa Sul-Americana de 2011, que vem sendo encarada como um prêmio para o elenco atleticano neste final de temporada, historicamente não é levada a sério pelo clube mineiro  na hora de disputá-la.

Em boa parte das participações na competição, o Atlético alternou escalações titulares e reservas. Porém, em nenhum dos cinco anos em que participou da Sul-Americana, o clube conseguiu se destacar.

A primeira vez que o Atlético esteve na competição internacional foi em 2003, quando utilizou força máxima. O time mineiro venceu o Corinthians por 2 a 0 fora de casa, mas acabou eliminado ao ser derrotado pelo Fluminense por 2 a 0 em pleno Mineirão.

Em 2004, o time comandado pelo técnico Jair Picerni começou encarando a competição com seriedade, escalou time titular no jogo de ida da primeira fase, contra o Goiás, mas foi derrotado por 4 a 2. Na partida de volta, ainda com uma equipe principal, empatou em  1 a 1.

Já em 2008, na volta da equipe à Sul-Americana, depois de ser rebaixado no Brasileirão em 2005 e disputar a segunda divisão em 2006, o time comandado pelo técnico Marcelo Oliveira via a participação na competição como a chance de conquistar um título internacional.

No jogo de ida da primeira fase contra o Botafogo, disputado no Rio de Janeiro, o time mineiro mandou a campo a sua força máxima, mas não conseguiu fazer o resultado e foi batido por 3 a 1. Com isso, o time mineiro voltou a priorizar o Brasileirão, escalando uma equipe reserva na partida de volta, em Belo Horizonte. Sem forças, o time foi goleado por 5 a 2.

Já na temporada passada, a equipe comandada pelo técnico Celso Roth vivia bom momento no Brasileirão, lutava pelo título e juntamente com o presidente Alexandre Kalil optou em escalar um time reserva já no primeiro jogo contra o Goiás. O time empatou os dois confrontos em 1 a 1, sendo eliminado nos pênaltis.

Este ano, a história se repetiu. Inicialmente comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, o Atlético utilizou um time com titulares nos dois jogos da primeira fase quando o Grêmio Prudente e garantiu a classificação, ao empatar por 0 a 0 e vencer por 1 a 0.

Na fase seguinte, pelas oitavas de final, já com Dorival Júnior no comando e em situação ruim no Campeonato Brasileiro, o Atlético entrou com o time titular apenas no jogo de ida, disputado em Sete Lagoas, contra o Independiente Santa Fé, venceu por 2 a 0 e encaminhou a classificação.

Na partida de volta, com time todo reserva, sem o treinador comandando a equipe e com apenas quatro reservas, a equipe mineira foi derrotada por 1 a 0, na Colômbia, mas mesmo assim se classificou.

Diante do Palmeiras, pelas quartas de final, a história se repetiu. O time vivia momento complicado na competição nacional e com isso, Dorival optou em mandar, nos dois jogos, uma equipe reserva, relacionando alguns titulares apenas para o banco de reservas. E com um empate em 1 a 1 e uma derrota por 2 a 0, o Atlético foi novamente eliminado.

Apesar de historicamente o Atlético não levar a sério a Sul-Americana, o atacante Obina vê com importância a participação na competição. “Tem um grande valor, antes não tinha tendo valor, mas hoje todo mundo quer conquistar um titulo da Sul-Americana, vale uma vaga para a Libertadores, então é uma competição importante, que valoriza para todos”, disse.

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Para o jogador, a competição poderá ser uma chance de título para o Atlético em 2011. “Tem a Sul-Americana para garantir, vencer o jogo e ir mais uma vez para a Sul-Americana e ano que vem mais uma batalha para conquistar título pelo Atlético”, destacou Obina.

Já o lateral-esquerdo Leandro reconhece que a competição que passou a dar vaga para a Libertadores precisa ser mais valorizada. “Mais uma prova que você tem de ter um elenco forte, tem campeonato regional, Copa do Brasil, Brasileiro e Sul-Americana, então o elenco é fundamental para disputar esta competição. Todos querem uma vaga para a Libertadores, então tem de levar a sério”, ressaltou.

Para garantir vaga na Sul-Americana 2011, o Atlético precisa empatar com o São Paulo, domingo, às 17h (de Brasília), no Morumbi, na última rodada do Campeonato Brasileiro.

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