Topo

Da Áustria, Alan lembra a sua parcela de ajuda no possível título do Flu

Bernardo Coimbra

No Rio de Janeiro

04/12/2010 13h16

Em agosto deste ano, após uma proposta tentadora do futebol austríaco, Alan deixou o Fluminense e foi para o Red Bull Salzburg (contrato de quatro anos). Quatro meses depois, o atacante, sempre que pode, acompanha as partidas da equipe tricolor e lembra, em caso de título, que terá a sua parcela de ajuda nesta conquista.

  • Photocamera

    No dia do seu adeus ao Fluminense, Alan chorou durante a sua entrevista coletiva nas Laranjeiras

  • Divulgação

    Entre dois dirigentes do Red Bull Salzburg, Alan é apresentado oficialmente pelo clube austríaco

  • Divulgação

    Atacante Alan, mesmo atuando num futebol sem muita expressão, está feliz com a sua mudança

Até deixar o Fluminense, Alan disputou dez partidas no Campeonato Brasileiro (Corinthians, Flamengo, Atlético-MG, Vitória, Avaí, Grêmio Prudente, Santos, Cruzeiro, Botafogo e Atlético-PR), tendo anotado quatro gols (Atlético-MG, Vitória, Avaí e Santos).

Na época da saída de Alan, Muricy Ramalho lamentou que o jovem atacante tenha tomado o caminho de se “esconder” na Áustria e reclamou dos empresários de futebol.

“Tem horas que não se escolhe o melhor para um jogador e sim para as pessoas . Isso são coisas do nosso futebol. É um jogador que ainda deveria ficar mais um tempo. Não dá para entender, mas o futebol brasileiro é negócio”, disse o treinador.

Tem acompanhado o Fluminense? Na Áustria os jogos passam na TV ou tem que acompanhar pela internet mesmo?

Tenho acompanhado sempre que posso. Na minha casa tem TV a cabo e às vezes consigo assistir aos jogos ao vivo. Quando não passa, fico atento ao noticiário para saber o que está acontecendo no clube.

Você participou de dez partidas no Brasileiro. Vai se considerar campeão também?

Vou sim. Além dos jogos, marquei alguns gols importantes e pude dar minha contribuição para o time nas primeiras rodadas. Deixei muitos amigos no elenco e espero poder ligar para eles parabenizando todos na segunda-feira.

Como está a sua vida na Áustria?

Está indo bem. A língua é um pouco complicada, mas estou fazendo aula de alemão duas vezes por semana. Meu pai tem ficado comigo e ele sabe cozinhar muito bem. O frio no início foi pior, mas agora já estou me acostumando. Ainda estranho algumas coisas e sinto falta de outras do Brasil, mas aos poucos vou me adaptando.

Você fala com os jogadores do Fluminense, sobre o momento da equipe no Brasileiro?

Falo com alguns ainda, principalmente os mais jovens. Converso sempre com Tartá, Fernando Bob e Digão. Éramos muito ligados nos tempos de Fluminense e sempre estamos colocando a conversa em dia. Os assuntos são os mais variados, mas falamos também do momento do clube. Todos estão muito animados com a possibilidade de conquistar o título.

Na época da sua saída, o Muricy Ramalho lamentou e reclamou dos empresários que levam jovens para paises sem expressão no futebol. Algum arrependimento?

Não me arrependo. Na oportunidade, achei que o melhor era aceitar a proposta e estou feliz na Áustria. Confio no meu potencial e sei que tenho condições de conquistar meu espaço na Europa.