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Tite admite pressão no centenário e vê título pelo Caxias como o mais difícil

Renan Prates

Em São Paulo

04/12/2010 14h55

O Corinthians decide neste domingo não apenas a possibilidade de conquistar um título brasileiro, mas também joga a última chance de conquistar algo no ano do centenário. O técnico Tite admitiu que o fato coloca pressão nos seus jogadores, mas refutou a tese de que a taça ‘salvaria’ a temporada.

“Não diria salvar, mas temos uma responsabilidade por ser um ano especial também. É uma verdade que não dá para fugir, pois existe. Mas salvar seria se fosse fugir do rebaixamento”, declarou o treinador. “Pode ser extraordinário conquistar esse grande titulo, que traz peso em um ano especial”.

Tite relembrou que foi treinador de outros dois grandes clubes do Brasil no ano do centenário, em que passou por experiências opostas na sua avaliação: no Grêmio foi eliminado de forma ‘traumática’ para o Independiente de Medellin na Libertadores e no arquirrival Inter conquistou dois títulos (Gaúchão e Copa Suruga).

Curiosamente, o treinador não achou que uma conquista do Brasileirão pelo Corinthians, se vier a acontecer, será o seu principal título na carreira. Tite citou o Gauchão com o Caxias (que o projetou o cenário nacional) como o mais difícil.

“Difícil (breve pausa). Por grau de dificuldade não vai ter nenhum igual ao título com o Caxias tamanha dificuldade de treinamento e com três meses de salário atrasado”, relembrou o agora comandante corintiano, que citou as qualidades dos principais rivais na época para enaltecer a sua conquista.

“O Ronaldinho estava no Grêmio, o Inter tinha o Lúcio de zagueiro, o Juventude tinha a Parmalat que dava o suporte. Os dirigentes me diziam que a meta era chegarar em quarto no máximo. Por isso nada vai se igualar em tamanha felicidade”.