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Próximo de outro título, Muricy se diz trabalhador e seguidor do mestre Telê

Marlos Bittencourt

No Rio de Janeiro

05/12/2010 07h03

Três vezes campeão brasileiro pelo São Paulo, Muricy Ramalho está a uma partida de conquistar o quarto título nacional, desta vez pelo Fluminense. O treinador não esconde a “fórmula” que o levou ao topo e o transformou num dos técnicos mais importantes do país. Segundo ele, a auto cobrança é a melhor receita para alcançar o sucesso

“Procuro ter a responsabilidade de dar bons resultado aos clubes. Sempre me cobro muito no que faço. Só assim acho que o profissional vai dar certo. Por isso, estou sempre no limite. No limite do trabalho e do estresse. Acho que, com sofrimento, a gente consegue as coisas. Enfim, eu me considero um técnico trabalhador. Assim me defino”, explicou Muricy Ramalho.

O treinador não costuma comentar derrotas por acreditar que só se consegue construir algo melhor, aprender mais se apegando à vitória. Muricy Ramalho quer continuar vencendo. Para isso, disse ter investido alto na carreira para aprender com os melhores e ser alguém diferenciado no mercado futebolístico.

“Eu aprendo mais com as vitorias do que com derrotas. Quero ganhar, e sempre trabalho para isso. É isso que eu penso. Fui auxiliar de Telê Santana no São Paulo e depois de Carlos Alberto Parreira. Tive vários convites para deixar clube, mas a diretoria me pediu para ficar. Eu também quis ficar porque dizia que pretendia ser um técnico diferente”, lembrou Muricy.

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E por ter sido durante muito tempo auxiliar de Telê Santana, a quem sempre chamou com carinho e respeito de “Seu” Telê, Muricy Ramalho diz que sempre tem a imagem do mestre na mente, principalmente neste momento de decisão para o Fluminense, time do seu mentor. Além de ter sido auxiliar, Muricy também já foi um dos comandados de Telê.

“A imagem dele vem toda hora porque foi uma pessoa com quem convivi por muito tempo. Ele está na minha historia como técnico. Os momentos de convivência com ele foram muito legais. O tenho como referência e somos bem parecidos. Mas ele era um pouco mais chato do que eu”, encerrou Muricy.

E mais uma vez Muricy será posto à prova. Ele tem a missão de fazer o Fluminense, clube que Telê torcia, campeão brasileiro depois de 26 anos de jejum nesta competição. Para isso, basta derrotar o Guarani, neste domingo, à partir das 17h (de Brasília), no Engenhão, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.