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Sem "suar sangue", Belletti conquista no Fluminense 22º título da carreira

Bernardo Feital

No Rio de Janeiro

05/12/2010 19h31

Se o desempenho dentro de campo não foi o esperado, a contratação de Belletti pode ter validade no campo da superstição. O jogador não teve a oportunidade de ‘suar sangue’, como prometeu em sua chegada, mas famoso por ser “pé quente”, provou que sua presença como ‘amuleto’ deu resultado e o Fluminense levantou a taça de campeão brasileiro após 26 anos. Com este Nacional, o jogador já soma 22 títulos em toda a carreira, que dura 16 anos.

E entre todos estas conquistas, existem aquelas com o mais alto grau de dificuldade. Somam-se entre elas duas Ligas da Espanha, pelo Barcelona, um Campeonato Inglês, pelo Chelsea, e uma Liga de Campeões da Uefa, no qual marcou o gol do título pelo clube catalão, em 2006. Além de estar presente no pentacampeonato Mundial de 2002, quando o lateral direito era o reserva de Cafu na seleção brasileira comandada por Luis Felipe Scolari.

O detalhe é que em todas estas competições, Belletti nunca foi titular absoluto destas equipes. Sempre considerado um reserva de luxo do elenco, com Muricy Ramalho, ele não conseguiu mudar sua sina e a presença dentro de campo quase nem foi percebida.

Agora, O jogador parte para a conquista de outro inédito em sua carreira. Como tem contrato com o Fluminense até o final de 2011, o jogador deverá estar no grupo de Muricy Ramalho para a disputa da Copa Libertadores da América.

Para a próxima temporada, o jogador deverá contar com uma parceria que vem dado certo. Junto ao luso-brasileiro Deco desde 2004, os dois participam de grupos vencedores em todas as equipes que passaram em conjunto (Barcelona e Chelsea, antes de desembarcarem nas Laranjeiras).

Na lista, foram dez títulos ao todo: duas vezes o Campeonato Espanhol, duas Supercopas da Espanha e uma Liga dos Campeões, pelo Barcelona; um Campeonato Inglês, uma Supercopa e uma Copa da Inglaterra, pelo Chelsea. Agora, além do Campeonato Brasileiro pelo Fluminense.

Resta ao torcedor saber se essa superstição valerá na Copa Libertadores da América, competição em que o Fluminense tem apenas um vice-campeonato conquistado após ser derrotado pela LDU, do Equador, em pleno Maracanã, em 2008.