Após gols, títulos e idolatria, Petkovic tem seu 'último ato' no futebol em Engenhão lotado
Domingo, 5 de junho de 2011. Às 16h, Flamengo e Corinthians se enfrentam pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Engenhão, certamente lotado por apaixonados torcedores rubro-negros, fãs absolutos de Dejan Petkovic, sérvio que conquistou o futebol brasileiro e se despede do esporte após mais de vinte anos de uma carreira de sucesso, gols históricos, títulos e idolatria.
NÚMEROS DE PETKOVIC NA CARREIRA
CLUBES |
Radnicki Nis (Sérvia), Estrela Vermelha (Sérvia), Real Madrid (Espanha), Sevilla (Espanha), Racing Santander (Espanha), Vitória, Venezia (Itália), Vasco, Shanghai Shenhua (China), Al-Ittihad (Arábia Saudita), Fluminense, Goiás, Santos, Atlético-MG e Flamengo |
GOLS |
Radnicki Nis (34), Estrela Vermelha (38), Real Madrid (1), Sevilla (0), Racing Santander (1), Vitória (59), Venezia (1), Vasco (28), Shanghai Shenhua (7), Al-Ittihad (0), Fluminense (19), Goiás (1), Santos (1), Atlético-MG (5) e Flamengo (57) |
JOGOS |
Radnicki Nis (53), Estrela Vermelha (132), Real Madrid (8), Sevilla (5), Racing Santander (8), Vitória (90), Venezia (13), Vasco (66), Shanghai Shenhua (22), Al-Ittihad (0), Fluminense (59), Goiás (21), Santos (21), Atlético-MG (32) e Flamengo (172) |
TÍTULOS |
Estrela Vermelha (Campeonato Iugoslavo 1991-92 e 1994-95; Copa da Iugoslávia 1992-1993 e 1994-1995 e Mundial Interclubes 1991), Real Madrid (Campeonato Espanhol 1996-97 e Supercopa da Espanha 1997), Vitória (Campeonato Baiano 1999 e Copa do Nordeste 1999), Vasco (Campeonato Carioca 2003* Disputou apenas a Taça Guanabara), Shanghai Shenhua (Campeonato Chinês 2003), e Flamengo (Campeonato Carioca 2000 e 2001; Copa dos Campeões 2001 e Campeonato Brasileiro 2009) |
PELA SELEÇÃO IUGOSLAVA (HOJE SÉRVIA) |
Jogos: 6 e Gol: 1 |
Para a maioria dos torcedores, Petkovic está na galeria dos grandes ídolos, talvez o principal após a “Era Zico”. Tudo por dois feitos marcantes: o histórico gol de falta, aos 43 minutos do 2º tempo, que deu ao Flamengo o tricampeonato estadual, em 2001, sobre o Vasco da Gama, seu maior rival, e a participação irrepreensível na campanha do hexacampeonato brasileiro, em 2009.
Se Petkovic já era ídolo antes de retornar ao Flamengo, imagine após contrariar estatísticas e ajudar o clube a quebrar um jejum de 17 anos sem títulos brasileiros estando próximo dos 37 anos de idade. O feito o alçou a um patamar que poucos jogadores conseguiram. Isso fez com que Pet tivesse seu nome cantado pela torcida durante todo o ano passado. Mesmo fora das relações e longe da melhor condição física, ele permanecia idolatrado pelo apaixonado torcedor.
Petkovic trata a aposentadoria com naturalidade. Além da partida deste domingo, Flamengo e Estrela Vermelha disputarão um amistoso, dia 9 de agosto, na Sérvia, para o encerramento definitivo da carreira do gringo em seu país. O camisa 43 do Flamengo diz frequentemente que viveu no Brasil “um sonho que jamais sonhou”. Não esquece o carinho dos torcedores pelos clubes em que jogou, 15 no total. Na carreira, 252 gols eternizados na memória, a passagem pela seleção da antiga Iugoslávia, e até os pés na calçada da fama do Maracanã, para ele o maior de todos os seus títulos.
“Sem dúvida o que marcou mais foi o gol do tri. Ali a minha carreira cresceu bastante. Passei a ser tratado como ídolo e craque, o que não esperava anteriormente. No Brasileiro de 2009 também foi maravilhoso, um momento único para o Flamengo, mas colocar os pés no Maracanã foi talvez o título mais importante da minha carreira. Era difícil imaginar uma situação assim para um atleta que veio de longe”, afirmou, durante a sua última entrevista coletiva como jogador rubro-negro.
Dejan Petkovic irá se despedir justamente na competição onde atingiu o posto de maior artilheiro estrangeiro e com o maior número de jogos disputados. Petkovic participou de 12 edições do Campeonato Brasileiro, atuou 268 vezes e marcou 83 gols. Na campanha do título de 2009, foram 23 jogos e oito gols, dois olímpicos contra Palmeiras e Atlético-MG, mais vivos do que nunca na memória dos amantes do futebol arte. Os gols fizeram dele o 49º maior artilheiro da história rubro-negra.
No embalo do lançamento de “O Gringo”, filme que conta a história da sua carreira, Pet usa o momento para brincar com uma continuidade no longa. Se fizer um gol na despedida, ele já sabe o que irá acontecer.
“Aí, vamos lançar “O Gringo 2, a revanche” (risos)... Contando a história disso tudo”, encerrou Pet, preparando-se para um domingo que pode ser chamado absolutamente de “seu”.
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