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Cicinho revela choro de Tinga e vê poder do grupo para ajudar o volante e Luan

Cicinho (f) defendeu Tinga e Luan, mas não quis opinar sobre a disputa no ataque - Ricardo Nogueira/Folhapress
Cicinho (f) defendeu Tinga e Luan, mas não quis opinar sobre a disputa no ataque Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Paula Almeida

Em São Paulo

14/06/2011 16h43

A fase é boa. Invencibilidade no Campeonato Brasileiro, terceiro lugar na classificação geral, apenas três derrotas na temporada. Mas ainda assim, alguns jogadores do Palmeiras têm convivido com alguns problemas. Na tentativa de ajudar os companheiros, o lateral-direito Cicinho afirmou nesta terça-feira que acredita que o grupo alviverde pode interferir para diminuir a pressão sobre alguns atletas.

Para o camisa 2, a principal preocupação dos jogadores agora é ajudar o volante Tinga. Com o atrito entre seus empresários, do grupo DIS, e o técnico Luiz Felipe Scolari, o meio-campista não foi relacionado para as últimas duas partidas e agora está afastado do elenco.

“Ele chegou a chorar por causa desse ocorrido. Espero que tudo se resolva logo, porque ele é um menino bom, um menino de Deus. A gente conversa e ele diz que quer ficar, que gosta daqui. Ele fala ‘Pô, Cicinho, quero fazer meu futebol, só quero trabalhar’”, revelou o lateral após o treino desta tarde na Academia de Futebol.

Mesmo sem querer contrariar uma decisão que é de Felipão, Cicinho disse acreditar que os jogadores podem ajudar o Palmeiras a achar uma boa solução para Tinga. “O grupo tem força. Se o grupo tiver um propósito bom para todos, todo mundo tem que parar e pensar. É um menino bom, que merece estar entre a gente”, opinou. “Meu modo de ver é o seguinte: se o atleta merecer jogar, o que ocorrer fora de campo não deve afetar o que o time pode render dentro de campo”.

Segundo Cicinho, outro que também anda cabisbaixo é o atacante Luan. Alvo da ira da torcida, o jogador chegou a ser cobrado diretamente por membros de uma organizada no último final de semana.

“Ele se preocupa em sair na rua, lógico. Até por causa da família. A torcida tem direito de cobrar, mas em campo, isso que é o ideal”, contou Cicinho, revelando que após o incidente de Luan e Marcos Assunção com a torcida no aeroporto de Porto Alegre, no sábado, o restante do grupo aconselhou a dupla.

“A gente conversou para não deixar afetar. Todo mundo conversou ali para o Luan e o Assunção terem calma”, afirmou. "As pessoas têm que olhar diferente pro Luan. Ele é um cara que ajuda demais a equipe, que tem força para marcar e atacar, fez gol contra o Cruzeiro e contra o Inter. Tem que parar de pegar no pé".

Mas apesar de sair em defesa de Tinga, Luan e Assunção, Cicinho evitou se posicionar sobre a insistência de Felipão em escalar Adriano Michael Jackson e deixar Wellington Paulista. Bem humorado, o lateral resumiu: “Minhoca não come cobra, é melhor eu ficar quietinho”.