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Força aérea do Atlético-MG chama atenção, mas Inter estuda contenção

Magno Alves é um dos que marcou de cabeça pelo Atlético-MG; time já anotou cinco vezes assim - Bruno Cantini/Atlético-MG
Magno Alves é um dos que marcou de cabeça pelo Atlético-MG; time já anotou cinco vezes assim Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

29/06/2011 16h31

Se o Atlético-MG vem tropeçando nas últimas quatro rodadas, sofrendo até uma goleada de 4 a 1 para o Flamengo, tem ao seu lado o poder de finalização pelo alto. Autor de cinco gols no quesito, o time de Dorival Júnior chama atenção. E o Inter se diz por dentro da jogada dos mineiros, estudando – inclusive, maneiras de brecar a eficiência de cabeça.

A última vitória do Atlético-MG foi no final de maio, em cima do Avaí. De lá para cá, duas derrotas e dois empates. Os números do DataFolha, porém, mostram a equipe em destaque. São os mineiros os detentores do melhor rendimento ofensivo pelo alto.

Os cinco gols, marcados por Dudu Cearense, Leonardo Silva, Magno Alves, Neto Berola e Rever, garantem a liderança no ranking, que tem o Grêmio na segunda posição com dois gols a menos. O fator já é conhecido no estádio Beira-Rio, debatido entre os jogadores e a comissão técnica do Inter.

“Eles têm dois zagueiros altos, estávamos conversando que a jogada aérea é muito boa. Mas a gente tem que neutralizar”, contou o lateral-direito Nei. “Jogando fora a gente fica mais com a bola, tem o D’Alessandro que cadencia o jogo, o Oscar. Isso ajuda”, completou.

A contenção vermelha para os levantamentos na área de Muriel será necessária. Bem como os cuidados com a velocidade. “O time é rápido, toca muito bem e sai para o contra-ataque”, elogiou o camisa 4.

Paulo Roberto Falcão, mesmo passando o alerta a velocidade, não vai recorrer ao esquema mais defensivo – com Glaydson no lugar de Oscar. O jovem permanece no meio-campo. Assim, a escalação do Inter é igual a que bateu o Figueirense no final de semana.

“Repetir time é bom para o entrosamento. Tem bola que eu sei que o Bolívar vai estar e nem vou. Estou falando dele, pois joga do meu lado. Trocar peças pode atrapalhar nisso”, comentou Nei.