Grêmio encara pressão da torcida em estreia de novo técnico no Olímpico

Uma palavra monopolizou o ambiente do Olímpico durante a semana: paciência. Assim os jogadores do Grêmio se dirigiram aos torcedores no pleito pelo fim das vaias. Neste domingo, na estreia de Julinho Camargo como técnico da equipe atuando em casa, o reflexo da saída de Renato Gaúcho - ídolo máximo da agremiação - deve estar presente nas arquibancadas. Cientes da pressão, os atletas gremistas pretendem ficar alheios ao que acontecer e iniciar o jogo como esperado para minimizar críticas.

"A gente tem comentado isso. Às vezes, o torcedor fica sem paciência. Ele vem para o estádio com o intuito de fazer cobranças. Não vamos acertar todos os lances. Ninguém consegue ser perfeito. Então, a gente sabe que é difícil para o torcedor, mas estamos sofrendo lá dentro de campo também. A gente pede para o torcedor um pouco mais da paciência, que apoie, porque vamos conseguir dar a volta por cima e vamos voltar a ser como antes. Forte dentro de casa, com o torcedor do nosso lado. Isso foi fundamental no ano passado e vamos voltar a ser forte dentro de casa", comentou Douglas.

O meia é um dos alvos prediletos de cobrança. Mesmo sendo o segundo jogador que mais desarma no time, o "Maestro" precisa voltar, marcar, se entregar mais ao jogo na visão dos torcedores. No entanto, não é exatamente o que ele pensa. Segundo o próprio, marcação não é sua característica, e não haverá mudanças.

Já no comando técnico houve alteração drástica. O pouco tempo de trabalho de Julinho Camargo já mostrou um perfil completamente diferente de Renato Gaúcho. Conversa antes dos treinos, coletivos, trabalhos táticos e o fim, mesmo que momentâneo, do rachão [atividade recreativa que chegava a acontecer duas vezes por semana com Renato no comando, na qual ele participava como se fosse atleta]. No primeiro jogo sob os olhos dos aficionados, a meta de Julinho é transmitir tranquilidade ao grupo.

"A gente sabe da dificuldade que será o jogo. Por ser no Olímpico, eles vão jogar fechado. Estamos com o pensamento de buscar a vitória. A pressão tem que existir porque a posição que nós estamos diz tudo. Com o elenco que o clube tem, não é para estarmos numa posição dessa. Tem a pressão do torcedor, que é normal. Mas ele tem que vir para nos ajudar, pois precisamos. Sabemos da força que ele dá para nós dentro do Olímpico. Temos que jogar bem pertinho e ter paciência. O professor está acertando o posicionamento de todo mundo. Ele está dando uma 'cara nova' de movimentação e se jogarmos pertinho vão sair os gols", comentou Fábio Rochemback.

Grêmio e Coritiba se enfrentam neste domingo, às 16h (horário de Brasília), no Olímpico. Em 16º na classificação, o time tricolor não vence há cinco partidas e está muito perto da zona de rebaixamento.