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Rivaldo tem fim de carreira intenso e vai de 'Zé Ninguém' a idolatrado no São Paulo

Rivaldo voltou a ganhar moral no São Paulo com a saída do técnico Carpegiani - Eduardo Anizelli/Folhapress
Rivaldo voltou a ganhar moral no São Paulo com a saída do técnico Carpegiani Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Luiza Oliveira

Em São Paulo

10/07/2011 07h03

Rivaldo já viveu quase tudo no futebol. Depois de um início humilde em clubes pequenos, foi estrela da Copa do Mundo, melhor jogador do planeta, viveu fracasso e até se tornou presidente de um clube. Perto do fim da carreira, nem ele poderia imaginar que ainda havia muita coisa para acontecer. Mas sua passagem pelo São Paulo tem sido intensa e ele já passou de ‘zé ninguém’ a idolatrado.

No sábado, Rivaldo voltou a viver o estrelato. Antes mesmo do jogo contra o Cruzeiro, foi mais ovacionado pela torcida que o ídolo Rogério Ceni quando seu nome foi anunciado como titular no sistema de sistema de som do Morumbi.

Em campo, comprovou a expectativa após vários pedidos vindos das arquibancadas nos jogos anteriores. Com grande atuação, participou dos dois gols e foi um dos principais responsáveis pelo triunfo por 2 a 1. Saiu aplaudido ao ser substituído aos 44 minutos do segundo tempo.

Mas isso só foi possível com a chance dada pelo interino Milton Cruz após a saída de Paulo César Carpegiani do comando do São Paulo. Com o antigo treinador, Rivaldo passou maus momentos e até se excedeu ao brigar publicamente. Depois, não entrou mais em campo.

“Minha paciência depois voltou ao normal, foi mais naquele momento, porque eu estava louco para ser campeões da Copa do Brasil. Eu perdi a cabeça. Quem joga sabe como é difícil ficar no banco, ver os outros sendo entrevistados. Nem vocês (jornalistas) queriam falar comigo e eu passando como Zé Ninguém. Isso me machucava um pouco”, disse.

 

O desentendimento com Carpegiani aconteceu após a eliminação para o Avaí na Copa do Brasil. Rivaldo disse aos jornalistas que se sentia humilhado por não ter chance no time. O técnico revidou e questionou até o caráter do jogador. A paz só foi selada em reunião com a participação do presidente Juvenal Juvêncio que terminou com uma multa de 10% do salário para o jogador e os pedidos de desculpas do comandante.

Logo em sua estreia, Rivaldo criou expectativas e deu sinais de que iria vingar. Se destacou e marcou um gol contra o Linense, pelo Campeonato Paulista, em fevereiro. Mas sofreu uma pequena lesão na coxa direita e não se firmou mais.

Desde o início da temporada atuou em apenas sete partidas como titular e chegou a ter o nome especulado até para se transferir para o Grêmio. Agora, seu destino pode tomar novamente outro rumo em seus últimos passos como profissional do alto de seus 39 anos.