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Grêmio de Julinho Camargo muda característica e prioriza setor defensivo

Goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, faz defesa durante jogo contra o Figueirense - Rubens Flores/FotoArena/AE
Goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, faz defesa durante jogo contra o Figueirense Imagem: Rubens Flores/FotoArena/AE

Marinho Saldanha

Em Porto Alegre

22/07/2011 12h01

Com Renato Gaúcho no comando, a máxima seguida à risca no Olímpico era: "O Grêmio joga para frente". Não mais. Com Julinho Camargo houve uma mudança drástica. Nos três jogos em que comandou a equipe, o treinador mostrou que a defesa é sua principal arma. O Grêmio, agora, se fecha primeiro, e depois busca atacar.

  • Rubens Flores /FotoArena/AE

    Faz dois jogos que o Grêmio não leva gols. Contra Coritiba e Figueirense, a defesa não foi vazada

Contra o Cruzeiro não funcionou pois havia pouco tempo de treinamento. Mas tanto contra o Coritiba em casa quanto contra o Figueirense, em Santa Catarina, o Grêmio se fechou atrás e buscou saídas rápidas para tentar o gol adversário. Diante dos paranaenses deu certo, com a vitória por 2 a 0, já em Florianópolis, o empate em 0 a 0 teve gosto de derrota.

"No primeiro tempo, não seguramos a bola no ataque. Isso nos prejudicou um pouco. Estávamos com um pouco de pressa para chegar à frente e, isso, deu um pouco de facilidade para eles jogarem. No segundo, a gente chegou mais, segurou melhor e quase fizemos o gol. A cara da equipe está aparecendo. Fomos bem defensivos, seguramos bem e quase conseguimos a vitória", explicou o capitão do time, Fábio Rochemback.

O Grêmio é o sexto time que mais desarma no Brasileirão. Segundo estatísticas do Datafolha, o time tricolor tem total de 113,8 roubadas de bola em média por partida. São 75 completos e 38,8 incompletos. A participação dos goleiros também tem sido efetivas. Entre os 20 disputantes do certame, o Grêmio tem o terceiro camisa 1 que mais trabalha, com média de 4,6 defesas por jogo, 0,1 atrás do América-MG, primeiro no quesito. Victor e Marcelo Grohe dividiram o posto durante as partidas do certame.

"Acho que defensivamente o Grêmio foi bem. Procuramos explorar alguns contra-ataques e infelizmente não fomos felizes. Jogar fora de casa é difícil. Em Florianópolis, o Figueirense veio para cima e impôs o ritmo desde o começo. Se conseguir pontuar sempre fora e ganhar em casa, em breve vamos chegar na parte de cima da tabela. Então, vamos manter esse espírito. O Campeonato Brasileiro é difícil. Fomos para vencer, mas pelas circunstâncias podemos valorizar o ponto conquistado", definiu Marcelo.

O Grêmio volta a campo somente na próxima quarta-feira. Julinho Camargo terá que aprimorar as questões ofensivas, também, para atingir os objetivos do clube. O América-MG será oponente no Olímpico. O jogo ocorrerá às 19h30 (horário de Brasília).

"Falta compactar ainda mais. Os jogos contra o Coritiba e o do Figueirense foi muito melhor do que o do Cruzeiro. Conseguimos neutralizar os pontos fortes do adversário, agora temos que ter paciência e tranquilidade. Quando encaixarmos bem, vamos poder jogar com mais tranquilidade e marcar os gols para voltar a vencer", finalizou Rafael Marques.