Mesmo se destacando em coletivo, Cañete precisará de paciência para estrear
Fernando Faro
Em São Paulo
26/08/2011 18h27
Quem viu o argentino Cañete em ação no jogo-treino contra os juniores, gostou. Apesar da visível falta de mobilidade, o meia mostrou toque de bola refinado, deu cadência à equipe e ainda fez o único gol da atividade.
Nem mesmo esses predicados sensibilizaram Adilson Batista. O técnico elogiou a atuação do pupilo, mas voltou a afirmar que sua condição física está abaixo do ideal e que ele terá que aguardar uma oportunidade.
“Eu olho também o jogador sem a bola, isso é ritmo, é treinamento, é jogo. É tudo por etapas, primeiro são 15 minutos, depois 20, daqui a pouco são os 90. Acho que treinou bem especialmente na segunda parte, na primeira ele ficou sobrecarregado”, analisou o comandante.
Contratado sob o apelido de “novo Riquelme”, Cañete custou U$ 3 milhões aos cofres do clube, que teve dura negociação com o Boca Juniors e a Universidad Católica para trazê-lo ao Morumbi. As características do jogador na armação despertaram também a curiosidade dos torcedores, que querem ver o jogador em ação.
“Não vejo impaciência da torcida, acho que é pelo mesmo atleta, tem uma ansiedade que é normal, ele é jovem. Temos de esperar as etapas, ontem foi o primeiro coletivo, trabalhou numa linha de quatro, depois fizemos mudanças. Tudo tem a sua hora, alguns estão na frente, ele tem que esperar”, ponderou.
Se repetir os últimos jogos, Cañete deve ficar mais uma vez como opção no banco de reservas. Cícero e Rivaldo, porém, aparecem na frente na ordem de prioridades do treinador.