Agora no Avaí, Lincoln dispara contra Felipão: 'não acrescentou nada na minha carreira'
Bastou uma rápida volta por cima em seu novo clube, o Avaí, para o meia Lincoln disparar contra sua ex-equipe, o Palmeiras. Em entrevista ao programa Arena Sportv desta quinta-feira, o veterano jogador, que costuma dar opiniões fortes nas poucas vezes em que fala publicamente, reclamou da maneira como foi tratado na agremiação paulista e focou suas críticas no técnico Luiz Felipe Scolari.
Lincoln afirmou que sua saída, no mês passado, foi a única opção encontrada por ele diante da intenção de Felipão e sua comissão técnica em não aproveitá-lo nas partidas.
“Fiz grandes amigos lá, com pessoas competentes, mas infelizmente a forma como o Palmeiras vem sendo conduzido hoje não se encaixou pra mim. Mas sei também que o Palmeiras não queria que eu continuasse. Pra mim, foi importante essa saída. Porque o Felipão e o Murtosa [Flavio, auxiliar técnico], que queriam que eu saísse, não acrescentaram nada na minha carreira”, desabafou Lincoln, sem meias palavras.
O meio-campista realmente atuou pouco nesta temporada. No início do ano, após se recuperar de lesão, encontrou resistência na comissão técnica, que achava que seu alto salário não correspondia ao seu desempenho em campo. Lincoln chegou a ser colocado à venda pela diretoria, mas a ausência de propostas concretas e os altos vencimentos do atleta emperraram as poucas negociações iniciadas.
No Campeonato Brasileiro, enquanto não pôde contar com Valdivia, Felipão chegou a tentar escalar Lincoln, que foi a campo em seis rodadas e não fez grandes apresentações. Insatisfeito com sua situação, porém, o meia pediu que não voltasse a ser relacionado, já que tinha a intenção de transferir-se de clube e, se fizesse a sétima partida, não poderia defender outra equipe no mesmo Nacional.
Além do tratamento recebido por ele, Lincoln também atacou o esquema utilizado por Felipão no Palmeiras. “Sei que eu poderia ter sido muito mais utilizado do que fui. Muitos jogadores lá atuam fora de posição. O Kleber, por exemplo, joga sempre ou quase sempre fora de posição. Não tem esquema para, de repente, priorizar o Kleber, para ele fazer mais gols. Isso tudo fez parte dessa motivação para que eu saísse”, afirmou o veterano. “Nesta minha volta ao Brasil depois de mais de 10 anos na Europa, eu só queria ter um pouco mais de alegria e ser mais respeitado”.
No Avaí, Lincoln parece ter reencontrado seu bom futebol. Foram apenas dois jogos até agora, mas o meia já marcou dois gols e, com ele em campo, coincidentemente, o time catarinense venceu o clássico do último domingo contra o Figueirense, de virada, por 3 a 2, e na quarta-feira bateu o Flamengo pelo mesmo placar, resultado que derrubou o time carioca da segunda para a quarta colocação na tabela.
“O nosso grupo não tem craque, não tem estrela, são todos operários. Quero prometer à torcida que empenho não faltará. A situação do Avaí não é das melhores, mas já foi pior, e o grupo é comprometido. Por isso, prometo que vamos tentar tirar o Avaí dessa situação”, finalizou Lincoln.
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