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Atacantes de ofício do Cruzeiro não fazem gols há quase um mês

Montillo é o artilheiro do Cruzeiro no Brasileiro e atacantes vivem jejum há seis jogos - Pedro Vilela/Vipcomm
Montillo é o artilheiro do Cruzeiro no Brasileiro e atacantes vivem jejum há seis jogos Imagem: Pedro Vilela/Vipcomm

Guyanne Araújo

Em Belo Horizonte

16/09/2011 07h00

Com apenas quatro gols marcados no returno do Brasileiro, sendo que nenhum deles foi assinalado por um atacante especialista, o Cruzeiro exibe em números o problema crônico em que se transformou o seu ataque ao longo da competição. O técnico Emerson Ávila, o terceiro comandante da equipe no certame, a exemplo dos seus dois antecessores, Cuca e Joel Santana, não consegue encontrar uma dupla capaz de se firmar.

  • Fernando Pilatos/UOL Esporte

    Atacante Bobô ainda não marcou gols com a camisa do Cruzeiro no atual Campeonato Brasileiro

Nos três jogos em que esteve à frente do Cruzeiro – derrotas para Fluminense e Santos, por 2 a 1 e 1 a 0, além de empate com o Palmeiras, em 1 a 1 –, Emerson Ávila utilizou três formações diferentes no ataque. Em sua estreia, diante do time palmeirense, o técnico escalou dois volantes e três meias, começando apenas com Anselmo Ramon como atacante de ofício.

Na derrota para o Fluminense, a primeira de Emerson Ávila, a dupla de ataque teve Anselmo Ramon e Keirrison. E, no jogo com o Santos, sábado passado, os atacantes que começaram a partida foram Bobô e Ortigoza. Não apenas o desempenho abaixo do esperado explica as mudanças, mas também os desfalques, que têm atormentado os treinadores cruzeirenses.

Ortigoza, por exemplo, voltou a jogar contra o Santos, após se recuperar de contusão. Wellington Paulista continua em tratamento. Wallyson foi operado e só deve voltar a jogar na próxima temporada. Contra o time santista, Keirrison não pôde jogar por força de uma cláusula contratual.

  Os quatro gols cruzeirenses no segundo turno foram marcados pelo volante Charles e pelo meia Montillo, dois cada um. O ataque cruzeirense já tinha passado em branco nos dois últimos jogos do primeiro turno, nas vitórias sobre Ceará e Atlético-MG, por 1 a 0 e 2 a 1, quando Montillo balançou as redes três vezes. O meia argentino, com 12 gols, é o artilheiro celeste. Em 23 partidas, a equipe cruzeirense marcou 30 gols, média de 1,30 por jogo.

O último gol marcado por um atacante do Cruzeiro foi na derrota para o Atlético-PR, por 2 a 1, válido pela 17ª rodada, por intermédio de Wellington Paulista, há quase um mês. “Treinamos a semana cheia para vermos o que está faltando para os atacantes voltarem a fazer gol”, destacou Bobô, uma das esperanças da torcida celeste de acabar com o jejum.

O jogador ainda destacou a importância da partida deste domingo é a vitória. “Independente de quem faça o gol, atacante vive de fazer gols, mas o mais importante é a vitória. O time esta precisando independente de quem esteja em campo. O que queremos neste jogo de domingo é a vitória”, observou.

O atacante que chegou ao Cruzeiro em agosto deste ano, depois de ter encerrado seu vínculo com o Besiktas, da Turquia, no mês anterior, ainda destacou que busca seu primeiro gol com a camisa do clube e disse contar com o apoio de seus companheiros. “Se sair o primeiro gol, tem que comemorar o time inteiro. Não consigo fazer gol sozinho, depende do time para jogar, se fizer o gol, vou comemorar o time inteiro junto com a torcida”, comentou.