Reunião entre diretoria e Felipão determina fim da Lei do Silêncio no Palmeiras

A lei da mordaça acabou no Palmeiras. Após reunião entre a diretoria e o técnico Luiz Felipe Scolari, o clube determinou que as entrevistas na Academia de Futebol voltarão a acontecer na tarde de terça-feira. O zagueiro Henrique foi escolhido para ficar à disposição dos jornalistas.

O vice de futebol Roberto Frizzo encarou a volta da rotina com normalidade e negou que as críticas da imprensa tenham influenciado a decisão.

"Não teve lei do silêncio, foi só uma semana de reflexão, para abaixar a poeira e evitar mais polêmicas. Não é tão grande como a imprensa está falando. Está tudo bem. Não existe um clube onde a imprensa seja melhor tratada. Agora fala quem quiser, não era isso que vocês queriam?", disse ao UOL Esporte.

Durante toda a semana, os jogadores foram proibidos de dar entrevistas. Até na partida contra o América-MG, sábado, no Canindé, eles se recusaram a falar com a imprensa na saída para o intervalo e no fim do jogo. Apenas Valdivia quebrou a regra e falou poucas palavras.

A lei gerou polêmica após a partida. Na entrevista coletiva, Felipão disse que os jogadores tinham medo da imprensa. Ele revelou ainda que as entrevistas estavam liberadas fora do centro de treinamento para testar quem são os atletas que falam demais e acabam prejudicando o grupo.

“Quando se fala da porta para dentro tem dificuldades, da porta para fora expõe a cara. Tem oportunidade para saber quem é que está dizendo o que, está liberado, aí expõe mesmo. Do portão para fora, podem falar”, disse, na ocasião.

O Palmeiras passa por má fase no Brasileirão. Depois do empate por 1 a 1 com o América-MG, a equipe ocupa a oitava colocação e vê suas chances de chegar à LIbertadores diminuírem a cada rodada. O time soma apenas duas vitórias nos últimos 14 jogos.